Em termos de probabilidades de título, o maior beneficiado após a 22ª rodada do Campeonato Brasileiro foi o Palmeiras. As chances de título alviverde aumentaram de 5,4% para 12,6%. Poderia ter sido ainda mais se não tivesse apenas empatado sem gols o clássico contra o Corinthians.
A derrota do líder Botafogo foi o que melhorou o cenário para os palmeirenses, que ainda têm uma longa caminhada até a primeira colocação, pois ainda estão 10 pontos atrás. Os alvinegros, ainda muito favoritos, tiveram leve queda de 90,2% para 81,7% de possibilidades de ficar com a taça.
Responsável por tirar a invencibilidade do Botafogo no Nilton Santos, o Flamengo teve uma leve subida percentual de 0,8% para 1,7%. Os rubro-negros vão precisar emendar uma boa sequência de vitórias para realmente entrar na briga pela competição nacional. Por ora, vencer o primeiro colocado é apenas um feito isolado. O Grêmio venceu o Cuiabá e está com 1,9% de chances de ser campeão.
Em parceria com o economista Bruno Imaizumi, analisamos todas as finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 4.006 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013, que servem de parâmetro para medir a produtividade atual das equipes no ataque e na defesa a partir da expectativa de gol (xG), métrica consolidada internacionalmente. Os dados ajudam a calcular as chances de cada equipe vencer os jogos restantes, fazendo 10 mil simulações para cada partida a ser disputada, o que resulta nos percentuais do quadro abaixo. A metodologia empregada está explicada no final do texto.
Chances de título no Brasileirão
Clube | % |
Botafogo | 81,7% |
Palmeiras | 12,6% |
Grêmio | 1,9% |
Flamengo | 1,7% |
Fluminense | 0,8% |
Bragantino | 0,8% |
Athletico-PR | 0,2% |
Atlético-MG | 0,1% |
Fortaleza | 0,1% |
Chances de permanência na Série A 2024
Curiosamente, mesmo perdendo para o América-MG, um adversário direto na luta pela permanência na Série A, o Santos aumentou suas chances de seguir na elite de 43,6% para 50,4%. Isso se explica pelos resultados dos seus principais concorrentes para evitar o rebaixamento. Goiás só empatou em casa, Bahia e Vasco se enfrentaram e ficaram no 1 a 1, e o próprio Coelho ainda está a cinco pontos do Peixe. Se vencer o Cruzeiro, em casa, na próxima rodada, o Alvinegro Praiano já pode sair do Z-4.
O Goiás teve a maior queda percentual na disputa para se garantir na elite do Brasileirão. Foi de 82,2% para 67,9% após o 0 a 0 frente ao Internacional. A próxima partida tende a aumentar ainda mais a preocupação esmeraldina, já que terá que ir ao Allianz Parque encarar o vice-líder Palmeiras. O jeito vai ser secar principalmente Bahia e Santos para não ficar mais próximo da zona de rebaixamento.
Chances de permanecer na Série A
Clube | % |
Botafogo | 100% |
Palmeiras | 100% |
Grêmio | 100% |
Flamengo | 100% |
Fluminense | 100% |
Bragantino | 100% |
Athletico-PR | 99,9% |
Fortaleza | 99,8% |
Atlético-MG | 99,5% |
São Paulo | 96,2% |
Cuiabá | 93,2% |
Corinthians | 93,2% |
Cruzeiro | 90,9% |
Internacional | 80,4% |
Goiás | 67,9% |
Bahia | 62,3% |
Santos | 50,4% |
Vasco | 37,0% |
América-MG | 19,3% |
Coritiba | 9,8% |
Chances de G-4 e G-6
Enquanto Copa do Brasil, Sul-Americana e Libertadores não estiverem decididas, os quatro primeiros colocados no Brasileirão se classificam para a fase de grupos da Libertadores do ano que vem, enquanto o quinto e o sexto colocados disputam uma fase preliminar.
Caso os campeões das três competições estejam entre os primeiros colocados do Brasileirão, novas vagas classificatórias para a Libertadores serão abertas no nacional. Por enquanto, apresentamos as chances de as equipes terminarem o Brasileirão até a quarta e até a sexta colocações.
Em parceria com o economista Bruno Imaizumi, analisamos todas as finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 4.006 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013, que servem de parâmetro para medir a produtividade atual das equipes no ataque e na defesa a partir da expectativa de gol (xG), métrica consolidada internacionalmente. Os dados ajudam a calcular as chances de cada equipe vencer os jogos restantes, fazendo 10 mil simulações para cada partida a ser disputada, o que resulta nos percentuais do quadro abaixo. A metodologia empregada está explicada no final do texto.
Chances de título no Brasileirão
Clube | % |
Botafogo | 81,7% |
Palmeiras | 12,6% |
Grêmio | 1,9% |
Flamengo | 1,7% |
Fluminense | 0,8% |
Bragantino | 0,8% |
Athletico-PR | 0,2% |
Atlético-MG | 0,1% |
Fortaleza | 0,1% |
Chances de permanência na Série A 2024
Curiosamente, mesmo perdendo para o América-MG, um adversário direto na luta pela permanência na Série A, o Santos aumentou suas chances de seguir na elite de 43,6% para 50,4%. Isso se explica pelos resultados dos seus principais concorrentes para evitar o rebaixamento. Goiás só empatou em casa, Bahia e Vasco se enfrentaram e ficaram no 1 a 1, e o próprio Coelho ainda está a cinco pontos do Peixe. Se vencer o Cruzeiro, em casa, na próxima rodada, o Alvinegro Praiano já pode sair do Z-4.
O Goiás teve a maior queda percentual na disputa para se garantir na elite do Brasileirão. Foi de 82,2% para 67,9% após o 0 a 0 frente ao Internacional. A próxima partida tende a aumentar ainda mais a preocupação esmeraldina, já que terá que ir ao Allianz Parque encarar o vice-líder Palmeiras. O jeito vai ser secar principalmente Bahia e Santos para não ficar mais próximo da zona de rebaixamento.
Chances de permanecer na Série A
Clube | % |
Botafogo | 100% |
Palmeiras | 100% |
Grêmio | 100% |
Flamengo | 100% |
Fluminense | 100% |
Bragantino | 100% |
Athletico-PR | 99,9% |
Fortaleza | 99,8% |
Atlético-MG | 99,5% |
São Paulo | 96,2% |
Cuiabá | 93,2% |
Corinthians | 93,2% |
Cruzeiro | 90,9% |
Internacional | 80,4% |
Goiás | 67,9% |
Bahia | 62,3% |
Santos | 50,4% |
Vasco | 37,0% |
América-MG | 19,3% |
Coritiba | 9,8% |
Chances de G-4 e G-6
Enquanto Copa do Brasil, Sul-Americana e Libertadores não estiverem decididas, os quatro primeiros colocados no Brasileirão se classificam para a fase de grupos da Libertadores do ano que vem, enquanto o quinto e o sexto colocados disputam uma fase preliminar.
Caso os campeões das três competições estejam entre os primeiros colocados do Brasileirão, novas vagas classificatórias para a Libertadores serão abertas no nacional. Por enquanto, apresentamos as chances de as equipes terminarem o Brasileirão até a quarta e até a sexta colocações.
Chances de ir para a Libertadores
Clube | G-4 (%) | G-6 (%) |
Botafogo | 99,6% | 100% |
Palmeiras | 85,9% | 96,2% |
Flamengo | 51,4% | 76,1% |
Grêmio | 48,7% | 75,3% |
Bragantino | 33,8% | 62,2% |
Fluminense | 31,6% | 60,5% |
Athletico-PR | 16,7% | 40,3% |
Fortaleza | 14,9% | 36,3% |
Atlético-MG | 12,1% | 30,4% |
São Paulo | 2,4% | 9,0% |
Corinthians | 1,0% | 4,2% |
Cuiabá | 0,9% | 4,0% |
Cruzeiro | 0,8% | 3,5% |
Internacional | 0,2% | 1,1% |
Bahia | 0,1% | 0,4% |
Goiás | 0% | 0,3% |
Santos | 0% | 0,1% |
Metodologia
Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de “Gols Esperados” ou “Expectativa de Gols” (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência as finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 4.007 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013.
As variáveis consideradas no modelo são: (1) a distância e o ângulo da finalização em relação ao gol; (2) se a finalização foi feita cara a cara com o goleiro; (3) se foi feita sem a presença do goleiro; (4) a parte do corpo utilizada para concluir; (5) se a finalização foi feita de primeira, ajeitada ou carregada; se o chute foi feito com a perna boa ou ruim do jogador; (6) a origem do lance (pênalti, escanteio, cruzamento, falta direta, roubada de bola, lateral etc); (7) se a assistência foi feita de dentro da área; (8) a posição em que o atleta joga; (9) indicadores de força do chute; (10) o valor de mercado das equipes em cada temporada a partir de dados do site Transfermarkt (como proxy de qualidade do elenco); (11) o tempo de jogo; (12) a idade do jogador; (13) a altura do goleiro em jogadas originadas de bolas aéreas; (14) a diferença no placar no momento de cada finalização.
De cada cem finalizações da meia-lua, por exemplo, apenas sete viram gol. Então, uma finalização da meia-lua tem expectativa de gol (xG) de cerca de 0,07. Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de uma finalização virar gol, que cresce se for um contra-ataque por haver menos adversários para evitar a conclusão da jogada. Cada pontuação é somada ao longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo. Essa variação indica as chances de os times vencerem cada adversário e, a partir daí, é calculada a chance de os clubes terminarem o campeonato em cada posição.
O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo intervalo de tempo (o jogo). Para chegar às previsões sobre as chances de cada time terminar o campeonato em cada posição foi empregado o método de Monte Carlo, que basicamente se baseia em simulações para gerar resultados. Para cada jogo ainda não disputado, realizamos dez mil simulações.
*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Gabriel Leonan, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, João Guerra, Leandro Silva, Roberto Maleson, Roberto Teixeira, Valmir Storti e Victor Gama. (GE)