Confiança é um fator que faz diferença no futebol. Seja em arriscar um chute ou numa sequência de partidas na temporada. Ao vencer o vice-lanterna Coimbra por 2 a 0, o Cruzeiro chegou à segunda vitória seguida no Campeonato Mineiro e se firmou entre os quatro melhores. Um passo importante numa véspera do clássico com o Atlético-MG. A análise é do jornalista Gabriel Duarte, de Belo Horizonte.

Era obrigação vencer as duas últimas partidas? Pode-se considerar que sim. Afinal, o time teve pela frente as duas piores equipes da tabela. O Cruzeiro fez sua parte e conseguiu seis pontos decisivos para poder ficar mais perto de uma classificação às semifinais.

Retomou também a confiança com os triunfos em virtude da instabilidade mostrada nos seis primeiros jogos do Estadual. O time mostrou evolução em alguns aspectos. Mais organizado na transição defesa-ataque e bastante perigoso pelo lado direito. Principalmente no primeiro tempo.

No segundo tempo, o Cruzeiro encontrou mais dificuldades nos primeiros 20 minutos. Ganhou melhora com a chegada de Rômulo ao time e também Felipe Augusto. Aproveitou a saída do Coimbra para o ataque e marcou o segundo gol no fim da partida. Um caminho a ficar atento é: Rafael Sobis poderá ser utilizado mais recuado, como foi na segunda etapa?

É uma situação a ser estudada, já que Marcinho e Claudinho continuam sem engrenar. Felipe Conceição vai tentando encontrar caminhos para este novo Cruzeiro. Está mais próximo de encontrar pela direita do que pela esquerda.

Pelo lado canhoto, o time ainda precisa se acertar na lateral – Matheus Pereira vem rendendo pouco, assim como Alan Ruschel – e também com Airton, que ainda não apresentou o bom futebol de início do Cruzeiro.

O importante é que o torcedor cruzeirense chega ao clássico com o Atlético-MG, que é favorito para a partida, com um pouco mais de esperança de que é possível conseguir um bom resultado. Os caminhos estão sendo sinalizados. Basta persistir e continuar trilhando-os com segurança e confiança. (Gabriel Duarte/Globo Esporte)