Cruzeiro e Flamengo abriram o Campeonato Brasileiro em 27 de abril em situações bem diferentes das atuais. A Raposa, embalada por uma grande fase de grupos na Libertadores e o título do Mineiro, estava invicta na temporada, com melhor ataque e melhor aproveitamento entre os times da Série A. Já o Flamengo, apesar de também ter sido campeão estadual, vivia um momento de questionamento. O resultado? O Rubro-Negro venceu por 3 a 1 no Maracanã.
Os times voltam a se enfrentar neste sábado, às 17h, no Mineirão. A missão do Espião Estatístico é mostrar o que mudou em Cruzeiro e Flamengo desde aquele confronto.
Os outros momentos no ano
Mano Menezes deixou o Cruzeiro com o time muito mal no Brasileiro — Foto: Douglas Magno/BP Filmes
Após a estreia no Brasileirão, o desempenho das duas equipes caiu, principalmente o da Raposa. Até a chegada de Rogério Ceni, todos os números despencaram. Foram apenas três vitórias em 22 jogos e médias de menos de um gol marcado e mais de um gol sofrido por partida. Com a chegada do novo treinador, o Cruzeiro voltou a fazer gols, o aproveitamento subiu, mas a média de gols sofridos também aumentou. O clube segue na zona de rebaixamento, na 17ª colocação, mas já deu mostras que tem tudo para se afastar dali.
O Flamengo também piorou depois do começo do Brasileirão, viu a média de gols marcados cair bastante, mas melhorou na média de gols sofridos. O time venceu alguns jogos importante, conseguiu a classificação na Libertadores, mas em nenhum momento da temporada convenceu, o que levou à demissão de Abel Braga. Com o treinador português Jorge Jesus, a defesa passou a sofrer mais gols, mas o ataque se tornou mortal e o aproveitamento melhorou muito. O Rubro-Negro hoje lidera o Brasileiro, com três pontos de diferença para o vice-líder Palmeiras e com 12 gols a mais que o rival paulista.
Destaques individuais
Gabriel e Arrascaeta melhoraram muito com Jorge Jesus — Foto: André Durão
Fred começou o ano bem demais. Era um dos artilheiros do Brasil até a estreia no Brasileiro, com 16 gols marcados em 17 jogos, além de quatro assistências. Assim como todo o resto do time, caiu de rendimento e enfrentou um longo jejum. Nas 16 partidas até a estreia de Ceni, conseguiu apenas uma assistência. Com a chegada do novo treinador, o camisa 9 desencantou, já balançou a rede três vezes e deu um passe para gol.
No Flamengo, a chegada de Jorge Jesus fez muito bem a Gabriel e Arrascaeta. Não que os dois estivessem muito mal com Abel Braga. Mas a melhora da dupla com o treinador português é incrível.
Gabigol marcou 14 gols e deu duas assistências nas suas primeiras 26 partidas do ano, enquanto o uruguaio, em 23 jogos, fez cinco gols e deu quatro assistências. Com Jorge Jesus, os dois têm menos jogos e um número muito maior em participações diretas em gols: Gabriel balançou a rede 16 vezes e deu quatro passes para gols em 14 partidas, e Arrascaeta fez sete gols e deu cinco assistências em 12 jogos.
*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Leandro Silva, Roberto Maleson, Roberto Teixeira, Valmir Storti e Vitória Azevedo
(Globo Esporte)