Alguns médicos que denunciaram a aquisição de máscaras e equipamentos de proteção individual (EPIs) falsos e ou de péssima qualidade, além da precariedade do Pronto Socorro Municipal, estão sofrendo retaliação da Prefeitura de Cuiabá. O Conselho Regional de Medicina (CRM) instalou sindicância para apurar os fatos, com base no Código de Ética.
Já o vereador Felipe Wellaton (PV) assegura que acompanha o Diário Oficial e que, até por questão física, já que acumula cansaço e olheiras profundas, não consegue mais investigar com qualidade todas as denúncias recebidas. Ele crê que o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) se habituou a desrespeitar as normas corretas da administração pública.
Felipe Wellaton marcou Emanuel Pinheiro e o secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Antônio Possas de Carvalho, nas redes sociais, com a denúncia que recebeu de médicos e técnicos de enfermagem. “A denúncia está partindo dos próprios servidores: médicos, profissionais de enfermagem e técnicos. Eles estão nos enviando”, observou o parlamentar do PV.
A presidente do CRM, médica Hildenete Monteiro Fortes, enfatizou há necessidade de a Prefeitura de Cuiabá obedecer à legislação, principalmente o Código de Ética. Ela assinou Nota à Sociedade e à Imprensa, em que exige respeito aos profissionais Código da Medicina.
“O Código de Ética Médica assegura ao médico o direito de apontar falhas em normas, contratos e práticas internas das instituições em que trabalhe, quando as julgar indignas do exercício da profissão ou prejudiciais a si mesmo, ao paciente ou a terceiros, devendo comunicá-las ao CRM de sua jurisdição e à Comissão de Ética”, citou Hildenete Fortes, em Nota à Imprensa.
O prefeito Emanuel Pinheiro não atendeu nem retornou às reportagem do portal de notícias Cuiabano News. O secretário Luiz Antônio Possas de Carvalho, da Saúde de Cuiabá, mandou procurar a sua assessoria de imprensa e não mais atendeu ao celular.