A era Eduardo Coudet no Inter parece estar com os dias contados, e o fim pode ser decretado ainda nesta segunda-feira. Após receber uma proposta do Celta de Vigo, da Espanha, o treinador já comunicou à diretoria que tem o desejo de deixar o cargo.
Conforme apurado pelo ge, os dirigentes estão reunidos com o técnico neste momento para tentar persuadi-lo a permanecer no Beira-Rio. Mas a reversão deste cenário é cada vez mais remota.
O treinador se reuniu com a diretoria ainda no domingo, após o empate em 2 a 2 com o Coritiba no Beira-Rio. Na reunião, ele comunicou que havia recebido uma proposta do Celta de Vigo e voltou a pressionar para pedir reforços.
Na conversa, ele disse também que o clube espanhol ainda tinha treinador e que não poderia aceitar qualquer oferta neste cenário. Mas Óscar García foi demitido nesta segunda-feira e abriu caminho para o argentino acertar com o Celta.
O silêncio da diretoria colorada desde então também incomodou o treinador. Coudet entende que o Inter deveria manifestar publicamente que ainda conta com seu trabalho.
O ge trouxe a notícia de que o Celta fez nova investida pelo treinador ainda no último domingo. Na Espanha, a imprensa já noticia o acerto do treinador com o clube.
O trabalho parece está com horas contadas, mas o contrato do treinador ainda é entrave para a sua saída. Coudet tem vínculo com o Inter até o final de 2021.
Caso uma das partes queira a rescisão contratual antes da virada do ano, terá que pagar todo o restante do contrato. Se a ruptura ocorrer a partir de 2021, este valor despenca.
Mas se Coudet deixar o Inter agora, ou o Celta ou ele próprio terão de arcar com esta cifra.
Coudet e a diretoria colorada entraram em rota de colisão ainda na semana passada. Entrevistas coletivas do treinador e do executivo Rodrigo Caetano expuseram um atrito entre treinador e clube.
O treinador pede insistentemente reforços e diz que o grupo do Inter é “curto”. Ele alega que foi prometido a ele um elenco para competir diretamente com o Flamengo, mas que as peças nunca estiveram à disposição. A instabilidade política do clube também pesa no desconforto do treinador.
Na contramão, a diretoria colorada entende que fez até mais do que pôde para contratar peças para o treinador. As dificuldades financeiras agravadas pela pandemia frearam qualquer possibilidade de maior investimento.
Internamente, há quem diga que o treinador só cita o “grupo curto” como justificativa para resultados negativos. E evita assim, tomar para si as responsabilidades pelos tropeços. (Globo Esporte)