Adentramos o mês de maio. Em linhas gerais, o futebol brasileiro já não tem bola rolando há um mês e meio, tendo em vista que a grande maioria dos campeonatos estaduais, regionais e nacionais foram paralisados em meados de março. Além da preocupação prioritária com a saúde e as vidas humanas ameaçadas pelo coronavírus, os clubes do nosso futebol também fazem contas e se preocupam com suas finanças, afinal, a drástica perda de receitas, sem um replanejamento, põe a sobrevivência de diversas equipes em risco. Em um extenso trabalho de levantamento de informações, o Globoesporte resumiu o que os 20 clubes da Série A já fizeram meio à crise. Confira:
Rio de Janeiro
Botafogo: A princípio, o Glorioso se posicionou contrariamente à ideia de redução de salários, pagando integralmente os vencimentos de março e abril. Situação será rediscutida em breve;
Flamengo: O atual campeão da Libertadores e do Brasileirão ainda não mexeu nos vencimentos de atletas e comissão técnica, mas já anunciou que demitirá dezenas de funcionários de salários mais baixos. Mais de 60 demissões estão previstas para este fim de semana;
Fluminense: A diretoria tricolor entrou em acordo para redução de 15% e 25% dos salários de atletas para os meses de abril e maio, respectivamente; comissão técnica, diretores e gerentes que ganham acima do ‘teto’ também reduziram salários;
Vasco: O Cruzmaltino suspendeu o contrato de um grupo de funcionários por dois meses, mas pagará a eles uma ajuda de custo referente a 30% de seu salário bruto; ainda não há acordo junto aos jogadores, já que o clube deve salários ainda de janeiro;
São Paulo
Corinthians: O Timão reduziu em 50% os salários de funcionários que estão em ‘home office’ e 70% dos que estão inativos; atletas sofrerão cortes de 25% de seus vencimentos em maio, incluindo jogadores da base e do time feminino;
Palmeiras: O Verdão anunciou que reduzirá em 25% os salários do departamento de futebol, comissão técnica e jogadores. A medida é válida para maio e junho;
Red Bull Bragantino: Recém-promovido à Série A, o clube de Bragança não reduzirá salários de atletas e funcionários, readequando seu orçamento enxugando as contratações previstas para 2020;
Santos: Até o momento, o Peixe só anunciou o acordo de redução envolvendo jogadores do elenco profissional, que terão seus vencimentos cortados em 30%;
São Paulo:
Rio Grande do Sul e Paraná
Athletico Paranaense: Até o momento, o Furacão ainda não anunciou medidas relativas a cortes ou reduções salariais;
Coritiba: Redução de 25% nos salários de atletas e comissão técnica; suspensão dos quadros das categorias de base, demissões em setores administrativos e em demais setores do clube;
Grêmio: Readequação dos salários em CLT e adiamento da quitação das parcelas de direitos de imagem de jogadores e comissão técnica; suspensão de atividades em alguns departamentos e redução salarial para outros funcionários;
Internacional: Congelamento do pagamento de direitos de imagem pelos próximos três meses e readequação do salário de Eduardo Coudet; funcionários de salários mais baixos não foram afetados;
Goiás e Minas Gerais
Atlético Mineiro: Na reta final do mês de março, o Galo anunciou que cortaria o salário de colaboradores em 25%, em uma escala progressiva (quanto maior o vencimento, maior o corte). Ainda não há medidas relativas a jogadores ou comissão técnica;
Atlético Goianiense: O Dragão deu férias coletivas para seus jogadores, mas ainda está em negociação para determinar qual será o arranjo de redução salarial. Ainda não houve cortes no clube;
Goiás: O Esmeraldino fechou negociação no dia 14 de abril, chegando a um acordo de corte em 50% dos vencimentos de atletas, comissão técnica e demais funcionários. A medida valeu para abril e deve ser estendida para maio e junho;
Nordeste
Bahia: O Tricolor, através de seu presidente, anunciou acordo de redução de 25% nos salários de jogadores, membros da comissão técnica e membros da diretoria. O mandatário abriu mão de receber durante o período de paralisação;
Ceará: O Vozão pagou 75% dos salários em CLT e direitos de imagem de jogadores em março e abril. A fatia restante será diluída e quitada no futuro. Um novo acordo está sendo buscado para maio;
Fortaleza: A diretoria do Tricolor de Aço reduziu em 15% seus vencimentos de abril; jogadores receberam 75% dos salários de CLT e direitos de imagem em março e abril, com a fatia restante a ser quitada no pós-pandemia;
Sport: O Leão da Ilha ainda não anunciou medidas que envolvam elenco e comissão técnica, mas incluirá seus funcionários de vencimentos menores na Medida Provisória 936, que permite redução de carga horária e salários, com compensações a serem pagas pelo Governo Federal. (Globo Esporte/90 Minutos)