Responsável por mexer com o imaginário de boa parte dos torcedores, as categorias de base dos clubes são importantes no funcionamento do elenco principal. É o caso de Corinthians e São Paulo, rivais neste domingo, às 18h15, na Neo Química Arena, pela 25ª rodada do Brasileirão.

Os times têm em seus elencos uma gama grande de jogadores formados em casa. Alguns mais experientes, como nos casos do lateral-direito Fagner e do atacante Jô, pelo Timão, e Hernanes, pelo Tricolor.

No São Paulo, o leque de mais novos tem como bons exemplos Gabriel Sara e Brenner.

Com obras iniciadas e bem encaminhadas para ter um alojamento para os jogadores das categorias de base, o Corinthians vê como promissor o futuro de suas categorias inferiores. Não só para usar ainda mais jogadores no time profissional, mas também para arrecadar com vendas e amenizar a crise financeira.

Nesta temporada, o lateral-esquerdo Carlos Augusto e o meia-atacante Pedrinho foram negociados com Monza, da Itália, e Benfica, de Portugal, respectivamente, resultando em mais de R$ 140 milhões no total. Para um clube endividado, as negociações são cruciais.

Em campo, são atualmente 12 jogadores formados na base que fazem parte do elenco principal comandado pelo técnico Vagner Mancini: os goleiros Matheus Donelli e Guilherme, os zagueiros Léo Santos e Raul Gustavo, os laterais Fagner e Lucas Piton, os meias Gabriel Pereira, Gustavo Mantuan, Roni, Xavier e Ruan Oliveira e o atacante Jô.

Destes, naturalmente os mais usados são Jô e, principalmente, Fagner. Piton chegou a ser titular da equipe, mas perdeu a posição com o retorno do experiente Fábio Santos.

Piton, inclusive, pode mudar aos poucos de posição e passar a ser frequentemente escalado mais avançado pela esquerda.

O São Paulo iniciou o ano de 2020 já às portas do que se tornaria a maior crise financeira das últimas décadas no clube, situação agravada pela pandemia de Covid-19.

O cenário já era ruim em janeiro. O clube, então, preferiu não investir em novos jogadores para o elenco e iniciou a temporada com o mesmo grupo.

Apesar disso, a utilização de jogadores da base – hoje quatro deles são titulares – não se deu automaticamente. Só Igor Gomes e Antony, que pouco jogou por causa da pandemia e da transferência para o Ajax, tinham lugar no time principal.

O espaço foi sendo ampliado de acordo com a necessidade – e com as frustrações pelas quais o time passou na temporada.

Gabriel Sara teve chance primeiro e foi mantido no time por Fernando Diniz mesmo sob pressão da torcida. Brenner ganhou chances aos poucos até se firmar graças aos muitos gols marcados – é hoje ao artilheiro do time com 20 gols.

Luan foi o último, entre os titulares de hoje, a tomar um lugar no time. Entrou pouco depois da eliminação do São Paulo na Libertadores, quando as dificuldades do sistema defensivo quase custaram o emprego de Diniz.

Além desses, Diego Costa também teve período como titular na equipe, mas hoje vê os veteranos Bruno Alves e Arboleda em campo. Os jogadores formados em Cotia são sempre apostas do clube não só em retorno esportivo, mas também para aliviar as dívidas.

Nesta temporada, a negociação de Antony foi fechada por 15,75 milhões de euros (R$ 99,2 milhões na ocasião). Os cinco jogadores citado acima têm multas rescisórias que, somadas, chegam a R$ 1,5 bilhão. O São Paulo é dono de 100% dos direitos econômicos desses atletas, com exceção de Diego Costa, de quem detém 80% dos direitos.

(com informações do Globo esporte)