Crime de contrabando não é algo irrelevante, pois financia grandes organizações criminosas, aponta o superintendente da Receita Federal em Mato Grosso, Antônio Henrique Lindemberg Baltazar. Na manhã desta quarta-feira (16), diversas lojas de eletrônicos de Cuiabá e Várzea Grande foram alvos de busca e apreensão durante a “Operação Sign Off”, que busca desarticular grupo que comercializava produtos de origem fraudulenta
“Às vezes, a sociedade tem a percepção de que este é um crime menor, mas trata-se de um crime cuja a movimentação financeira alimenta diversas organizações criminosas. Contrabando não é um crime pequeno”, disse o auditor.
As investigações da Polícia Federal constataram que muitos dos produtos vinham do Paraguai sem o recolhimento devido de impostos. Em muitos casos, essas compras eram feitas por empresas de fachada e transportadas para “revendedores” que realizavam sua distribuição.
OPERAÇÃO SIGN OFF
Durante as investigações, a Polícia Federal, com apoio da Receita Federal, identificou que o grupo investigado movimentava altos valores recebidos dos comerciantes de eletrônicos em contas de empresas “de fachada”, registradas em nome de interpostas pessoas “laranjas”, visando dissimular a origem e a finalidade de remessa de valores ao exterior para o pagamento de eletrônicos. Somente em um ano e meio, o esquema teria movimentado mais de R$ 120 milhões.
Além dos responsáveis pelo esquema financeiro, os mandados de busca foram cumpridos em endereços relacionados aos comerciantes e fornecedores identificados no curso do inquérito policial.
Foram empregados 180 policiais federais e 74 auditores-fiscais e analistas tributários da Receita Federal para o cumprimento de 50 mandados de busca e apreensão nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Alta Floresta, Rondonópolis, Ribeirão Preto (SP) e Ponta Porã (SP).
(HNT)