A pesquisa que avalia o grau de endividamento das famílias em Cuiabá, referente ao mês de agosto, realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisada pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), apresentou variação positiva sobre o mês anterior, alcançando 74,4% das famílias na capital, contra os 74% registrado em julho.
O índice atual apresentou o terceiro aumento consecutivo e está maior que o verificado em janeiro deste ano, quando o endividamento atingia 70,3% dos cuiabanos. No comparativo com agosto de 2021, o percentual é pouco menor (74,9%).
Para o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, a elevação no nível da pesquisa (Peic) indica uma melhora no cenário econômico em Cuiabá. “Com as consecutivas altas registradas, é possível observar uma melhora das condições de consumo das famílias na capital. Ressalto, ainda, que com o uso consciente do cartão de crédito e carnês, há a possibilidade de ampliação do consumo na região e maior circulação de dinheiro no comércio no futuro a curto prazo”.
A pesquisa revela, ainda, que os que ganham mais de 10 salários-mínimos são os mais endividados e os que ganham menos de 10 s.m. estão encontrando maiores dificuldades para pagar as contas.
Mesmo assim, de forma positiva, segundo análise do IPF-MT, o número de endividados com contas em atraso saiu de 66.111 em agosto de 2021 para 57.948 pessoas em agosto de 2022, demostrando que 12,35% das famílias cuiabanas conseguiram quitar suas contas neste período.
Wenceslau Júnior também destacou a diminuição da inadimplência entre os cuiabanos, o que pode ser revertido em aumento no consumo. “A queda no número de pessoas com contas em atraso é promissora para o comércio e serviços, e para a economia de forma geral, sendo que a quitação de dívidas também é importante para a reorganização da renda da população e a viabilizar melhores condições de consumo atual e futuro”.