O presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Júnior, decidiu adiar a reunião do órgão nesta quinta-feira para votar o impeachment do presidente do clube, Augusto Melo.
A ação foi tomada após reunião com a Polícia Militar para tratar sobre a segurança do encontro. Tuma foi alertado que seria difícil proteger o local, que estará aberto para sócios e receberá um jogo de basquete.
Assim, a reunião deve ser remarcada para a próxima segunda-feira, data em que o Parque São Jorge, sede social do Corinthians, estará fechada.
Antes de se reunir com autoridades policiais, Tuma foi ouviu pedidos de conselheiros e membros da Comissão de Ética para adiar a votação do impeachment. Eles argumentam que é preciso aguardar o fim do inquérito relacionado ao patrocínio do clube pela VaideBet – é este, inclusive, o teor do relatório da Comissão de Ética do Corinthians sobre o caso.
Também houve pressão por parte da torcida Gaviões da Fiel, cujos líderes se reuniram com Tuma na última terça. A organizada entende que a votação neste momento pode prejudicar a equipe na reta final do Campeonato Brasileiro.
Embora se baseie em argumentos jurídicos, o processo de impeachment é essencialmente político. Para que o presidente deixe o cargo é preciso aprovação de maioria não apenas dos conselheiros do Corinthians, mas também dos associados do clube. Caso o Conselho aprove o impeachment, o presidente é afastado temporariamente até a votação na Assembleia Geral dos sócios.
O pedido de impeachment de Augusto Melo é fundamentado essencialmente nas supostas irregularidades do contrato com a VaideBet. Os signatários do documento argumentam que, devido à atuação e omissão de Augusto, “a imagem da instituição foi arremessada num lamaçal de notícias degradantes” e teria infringido também a Lei Geral do Esporte.
O mandato do presidente do Timão vai até o fim de 2026. (GE)