O Conselho Deliberativo do Palmeiras aprovou, nesta segunda-feira, o afastamento do conselheiro vitalício Celso Bellini. Em setembro do ano passado ele foi denunciado por assédio sexual contra associadas menores de idade, nas dependências do clube social.

Foram 186 votos a favor da suspensão e nove contra. No fim do ano passado, Celso Bellini havia sido suspenso por 90 dias. Em documento oficial assinado pela presidente Leila Pereira, o Palmeiras determinou na época a instauração de sindicância para apurar e esclarecer os fatos.

Segundo uma denúncia feita por meio da Ouvidoria do Palmeiras, Celso teria abordado um grupo de cinco meninas e dois meninos que pegava o elevador em um dos prédios da sede social do clube. Depois, teria assediado as garotas dizendo que “bem que poderiam fazer uma brincadeirinha”.

De acordo com “O Estado de S. Paulo”, o Ministério Público arquivou no início do ano o inquérito policial que investigava o caso. A promotora do caso argumentou que a conduta de Celso Bellini poderia ser considerada imprópria, mas não crime de dignidade sexual, por não ter ocorrido toque na vítima.

A apuração no clube, por outro lado, teve sequência, e o conselheiro foi enquadrado em possíveis infrações ao Estatuto Social, previstas no artigo 33, inciso V, que diz que constitui infração grave “usar expressão ou praticar atos, dentro da SEP, que atentem contra o decoro ou produzam dano, abalo ou ofensa moral”.

O documento cita também inobservância dos deveres e obrigações listados no artigo 32, incisos IV e VIII, que versam sobre “perturbar o convívio social” e “portar-se corretamente”, respectivamente.

A comissão de sindicância colheu depoimentos ao longo dos últimos meses para comprovar a veracidade da denúncia e recomendou que Bellini seja proibido de frequentar a sede social do Palmeiras pelo período de um ano. (GE)