As conjecturas das eleições municipais de 2024 foram antecipadas em Cuiabá e promoveram rachas no União Brasil, Federação entre PT, PV e PCdoB, e no grupo de bolsonaristas. Deputados estaduais e federais, vice-prefeito, o presidente da Câmara Municipal e até pastor estão de olho no principal cadeira do Alencastro. Relembre os nomes que estão pleiteando a cadeira.
UNIÃO BRASIL PARTIDO AO MEIO
A disputa por espaço no União Brasil entre o deputado estadual Eduardo Botelho e o deputado federal licenciado Fabio Garcia acabou dividindo o partido em duas alas. Fabio obteve a preferência pelo presidente da legenda em Mato Grosso, o governador Mauro Mendes, que o trouxe para chefiar a Casa Civil quando Mauro Carvalho (UB) se afastou para assumir a suplência do senador Wellington Fagundes (PL). Deixá-los na mesma cidade só aumentou a troca de farpas, ambos começaram a se enfrentar publicamente e ignoraram o pedido do governador para que um desistisse.
Depois de muita insistência de Botelho, Mendes aceitou promover uma pesquisa qualitativa que não agradou o deputado estadual por não destacar os números que o têm deixado à frente de Fabio. Botelho garantiu que muda para o PSD se a decisão do governador não for firmada até o fim de 2023.
PALANQUE DE LULA
O deputado estadual Lúdio Cabral é o nome eleito no colegiado de petistas para disputar o Alencastro. Até ser escolhido, foram meses de discussão com a ex-deputada federal Rosa Neide. A rivalidade foi resolvida nas urnas, em eleição que movimentou o diretório municipal e acabou confirmando Lúdio como o preferido. Agora, o desafio é entrar em acordo com PV e PCdoB. Do lado do PV, o pré-candidato é o vice-prefeito José Roberto Stopa, com quem Lúdio já tem se reunido para negociar. Já no PCdoB, não há nomes confirmados, mas os petistas também dialogam a fim de evitar surpresas.
RICHA ENTRE BOLSONARISTAS
No núcleo de bolsonaristas, três nomes se destacaram: do deputado federal Abilio Brunini (PL), do presidente da Câmara de Cuiabá, Chico 2000 (PL), e do pastor Marcos Ritela (PTB). Entre Abilio e Chico, houve confusão. O deputado foi chancelado pela nacional do partido e foi empossado presidente do diretório municipal do PL em Cuiabá no lugar do vereador. Sem espaço, Chico recuou e começou a ser sondado por outras agremiações. Porém, disse que não iria sair do partido e ameaça Abilio com um recurso no Tribunal de Justiça (TJMT) em processo que congelou sua cessação e permitiu que assumisse na Câmara dos Deputados. Com essa carta na manga, Chico pode retirar Abilio do jogo. Enquanto isso não acontece, o bolsonarista ganha musculatura política com polêmicas no plenário em Brasília e nas redes sociais.
O pastor Marcos Ritela (PTB) é outra pedra no sapato de Abilio. O líder religioso é da mesma igreja que a família do deputado, a Assembleia de Deus, cujo corpo de eleitores é decisivo e já é disputado entre os pré-candidatos. Ritela tenta desclassificar Abilio, afirmando que ele não tem as qualidades de um prefeito e que deve ficar em Brasília para que fique como o único candidato entre os conservadores.
O deputado tem ignorado as provocações do pastor e continua buscando seu objetivo de, pelo menos, repetir o resultado de 2020 contra Emanuel Pinheiro (MDB) e chegar ao segundo turno.
(HNT)