Depois de cinco anos de espera, os Jogos Olímpicos de Verão estão de volta. Adiada para 2021 em função da pandemia do novo coronavírus, as Olimpíadas de Tóquio terão a sua cerimônia de abertura no próximo dia 23 de julho, às 8h (horário de Brasília). Ao longo dos 20 dias de competição – a primeira disputa olímpica acontece no dia 20 -, serão mais de 300 eventos esportivos, contrando com a participação de aproximadamente 12.750 atletas de 206 países. Pensando nisso, o ge preparou um guia com o melhor da programação das Olimpíadas, dando ênfase à participação brasileira nas principais modalidades.

ATLETISMO

O atletismo brasileiro chega aos Jogos Olímpicos com várias chances de medalhas, mas nenhuma delas com um favorito absoluto ao pódio. A principal esperança é Alison dos Santos, dos 400m com barreiras, que chega como terceiro do ranking mundial e com um crescimento constante. Outras boas chances são com Darlan Romani (arremesso do peso), Erica Sena (marcha atlética 20km), revezamento 4x100m masculino e, claro, Thiago Braz, campeão olímpico do salto com vara em 2016.

O Brasil tem pelo menos dez outras chances de finais, com atletas que não chegam como favoritos ao pódio, mas que podem surpreender pois têm marcas recentes que os credenciam para a medalha. A previsão é que o Brasil conquiste ao menos uma medalha e chegue a 12 finais, o que seria um recorde histórico.

Anote na agenda algumas provas de destaque para o Brasil:

29/07 – quinta-feira
22h55 – 400m com barreiras masculino (classificatória)

01/08 – sábado
09h05 – 400m com barreiras masculino (semifinal)

02/08 – domingo
21h – salto com vara masculino (classificatória)

03/08 – terça-feira
00h20 – 400m com barreiras masculino (final)
07h15 – arremesso de peso masculino (classificatória)

04/08 – quarta-feira
23h – salto com vara masculino (final)
23h05 – arremesso de peso masculino (final)
23h30 – evezamento 4x100m masculino (classificatória)

06/08 – sexta-feira
04h30 – marcha atlética 20km feminina (final)
10h50 – revezamento 4x100m masculino (final)

Alison Santos chega a Tóquio embalado pelo ótimo momento - Charlie Crowhurst/Getty Images
Alison Santos chega a Tóquio embalado pelo ótimo momento – Charlie Crowhurst/Getty Images

NATAÇÃO

A natação brasileira passou em branco nas disputas na piscina das Olimpíadas do Rio. A única medalha veio nas águas abertas, um bronze de Poliana Okimoto. Para os Jogos de Tóquio, a principal chance de medalha é com Bruno Fratus, vice-campeão mundial dos 50m livre. Nas águas abertas, a esperança está com Ana Marcela Cunha, há dez anos entre as melhores do planeta, e que vive a melhor fase da carreira.

Além da dupla, o Brasil aparece como candidato ao pódio no revezamento 4x100m livre, que chega com chances, mas não favorito. Aí, tem uma série de nadadores e revezamentos com ótimas chances de chegarem às finais, mas que só irão ao pódio se surpreenderem bastante. Torcida não faltará.

Anote na agenda algumas provas de destaque para o Brasil:

25/07 – domingo
9h10 – revezamento 4 x 100m masculino (classificatória)

26/07 – segunda-feira
00h05 – revezamento 4 x 100m masculino (final)

30/07 – sexta-feira
07h02 – 50m livre masculino (classificatória)
23h11 – 50m livre masculino (semifinal)

31/07 – sábado
22h30 – 50m livre masculino (final)

03/08 – terça-feira
18h30 – maratona aquática feminina (final)

Bruno Fratus, a principal estrela da natação brasileira - Eric Alonso/Getty Images
Bruno Fratus, a principal estrela da natação brasileira – Eric Alonso/Getty Images

JUDÔ

Esporte que mais vezes (22) foi ao pódio na história das Olimpíadas para o Brasil, o judô deve manter a tradição de medalhas em Tóquio. Mesmo não vivendo uma grande fase, a modalidade no país tem quatro grandes chances de pódio: Mayra Aguiar (até 78kg), Maria Suelen (acima de 78kg), Rafael Silva (acima de 100kg) e a prova por equipes, que faz sua estreia no programa olímpico.

Pelos resultados no ciclo olímpico, se o judô nacional conquistar duas medalhas já está de ótimo tamanho. Se vierem três ou mais, uma gratíssima surpresa. Menos que duas, infelizmente será considerado uma decepção.

Anote na agenda algumas disputas de destaque para o Brasil:

28/07 – quarta-feira
23h – primeira rodada até 78kg feminino

29/07 – quinta-feira
23h – primeira rodada acima 78kg feminino
23h – primeira rodada acima 100kg masculino
00h40 – oitavas de final até 78kg feminino
01h40 – quartas de final até 78kg feminino
05h – repescagem até 78kg feminino
05h20 – semifinal até 78kg feminino
06h20 – disputa do bronze até 78kg feminino
06h30 – final até 78kg feminino

30/07 – sexta-feira
00h40 – oitavas de final acima de 78kg feminino
00h40 – oitavas de final acima de 100kg masculino
01h40 – quartas de final acima de 78kg feminino
01h40 – quartas de final acima de 100kg masculino
05h – repescagem acima de 78kg feminino
05h20 – semifinal acima de 78kg feminino
05h40 – repescagem acima de 100kg masculino
06h – semifinal acima de 100kg masculino
06h20 – disputa do bronze acima de 78kg feminino
06h40 – final acima de 78kg feminino
06h50 – disputa do bronze acima de 100kg masculino
07h10 – final acima de 100kg masculino

Mayra Aguiar busca mais uma medalha olímpica - Ezra Shaw/Getty Images
Mayra Aguiar busca mais uma medalha olímpica – Ezra Shaw/Getty Images

VÔLEI

Desde 1996, o vôlei, se somarmos quadra e praia, o Brasil ganha pelo menos três medalhas em Jogos Olímpicos. E, para Tóquio 2021, a conta não deve ser diferente. Na quadra, uma das possibilidades de ir ao pódio está com a seleção masculina, atual campeã da Copa do Mundo. Vencedor da Liga das Nações há duas semanas, o Brasil é apontado, inclusive, como favorito ao ouro. Já o feminino chega a Tóquio como quinta força atrás de EUA, China, Sérvia e Itália.

Anote na agenda os duelos:

Torneio masculino

Primeira fase
23/07 (sexta) – 23h05 – Brasil x Tunísia
26/07 (segunda) – 09h45 – Brasil x Argentina
28/07 (quarta) – 09h45 – Brasil x Rússia
29/07 (quinta) – 23h05 – Brasil x EUA
31/07 (sábado) 23h05 – Brasil x França

Quartas de final
02/08 (segunda) – 21h – confronto a definir
03/08 (terça) – 01h – confronto a definir
03/08 (terça) – 05h – confronto a definir
03/08 (terça) – 09h30 – confronto a definir

Semifinal
05/08 (quinta) – 01h – confronto a definir
05/08 (quinta) – 05h – confronto a definir

Disputa do 3° lugar
07/08 (sábado) – 01h30 – confronto a definir

Final
07/08 (sábado) – 09h15 – confronto a definir

Brasil campeão da Liga das Nações de vôlei - Divulgação/FIVB
Brasil campeão da Liga das Nações de vôlei – Divulgação/FIVB

Torneio feminino

Primeira fase
25/07 (domingo) – 09h45 – Brasil x Coreia do Sul
27/07 (terça) – 07h40 – Brasil x República Dominicana
29/07 (quinta) – 07h40 – Brasil x Japão
31/07 (sábado) – 04h25 – Brasil x Sérvia
02/08 (segunda) – 09h45 – Brasil x Quênia

Quartas de final
03/08 (terça) – 21h – confronto a definir
04/08 (quarta) – 1h – confronto a definir
04/08 (quarta) – 5h – confronto a definir
04/08 (quarta) – 9h30 – confronto a definir

Semifinal
06/08 (sexta) – 1h – confronto a definir
06/08 (sexta) – 9h – confronto a definir

Disputa do bronze
07/08 (sábado) – 21h – confronto a definir

Final
08/08 (domingo) – 01h30 – confronto a definir

Brasil x Rússia vôlei Liga das Nações - Divulgação/FIVB
Brasil x Rússia vôlei Liga das Nações – Divulgação/FIVB

VÔLEI DE PRAIA

No vôlei de praia feminino, Ágatha e Duda formam a dupla mais regular desta temporada, indo ao pódio em quatro etapas. São pelo menos outras cinco duplas que estão diretamente na briga: Austrália, Canadá, EUA e as compatriotas Ana Patrícia e Rebecca, que tiveram altos e baixos esse ano, mas foram muito bem na etapa de Gstaad. Ágatha e Duda são favoritas ao pódio, enquanto Ana e Rebecca estão na briga, um degrau abaixo (na teoria).

Já no vôlei de praia masculino, o Brasil é apontado como uma incógnita. Alison e Álvaro conseguiram apenas um pódio em etapas neste ano, resultado pouco louvável se pensarmos no histórico dos dois jogadores. A outra dupla brasileira é formada por Bruno e Evandro. No início do ano, Bruno foi internado com Covid-19, se recuperou, mas claramente não estava 100% durante as competições de abril e maio.

Ágatha e Duda estão em alta - Alexandre Schneider/Getty Images
Ágatha e Duda estão em alta – Alexandre Schneider/Getty Images

Anote na agenda os confrontos marcados:

Fase de grupos masculina
23/07 (sexta) – 22h – Grupo D – Alison/Álvaro (BRA) x Azaad/Capogrosso (ARG)
24/07 (sábado) – 23h – Grupo E – Evandro/Bruno Schmidt (BRA) x Grimalt/Grimalt (CHI)
27/07 (teçra) – 0h – Grupo D – Alison/Álvaro (BRA) x Lucena/Dalhausser (EUA)
27/07 (terça) – 3h – Grupo E – Evandro/Bruno Schmidt (BRA) x Abicha/El Graoui (MAR)
29/07 (quinta) – 10h – Grupo D – Alison/Álvaro (BRA) x Brouwer/Meeuwsen (HOL)
30/07 (sexta) – 9h – Grupo E – Evandro/Bruno Schmidt (BRA) x Bryl/Fijalek (POL)

Fase de grupos feminina
23/07 (sexta) – 23h – Grupo C – Ágatha/Duda (BRA) x Gallay/Pereyra (ARG)
25/07 (domingo) – 23h – Grupo D – Ana Patrícia/Rebecca (BRA) x Makokha/Khadambi (QUE)
27/07 (terça) – 10h – Grupo C – Ágatha/Duda (BRA) x Wang/Xia (CHN)
27/07 (terça) – 23h – Grupo D – Ana Patrícia/Rebecca (BRA) x Graudina/Kravcenoka (LET)
29/07 (quinta) – 9h – Grupo C – Ágatha/Duda (BRA) x Bansley/Brandie (CAN)
30/07 (sexta) – 21h – Grupo D – Ana Patrícia/Rebecca (BRA) x Claes/Sponcil (EUA)

Na primeira fase de cada torneio, as 24 duplas foram divididas em seis grupos de quatro. Os dois melhores times de cada chave e os dois melhores terceiros colocados avançam diretamente às oitavas de final. Os outros quatro terceiros colocados ainda tem uma última chance de classificação pela repescagem. Eles são divididos em duas chaves e a dupla vitoriosa de cada disputa também avança às oitavas.

Álvaro Filho e Alison representarão o Brasil no torneio masculino - Divulgação/FIVB
Álvaro Filho e Alison representarão o Brasil no torneio masculino – Divulgação/FIVB

FUTEBOL

O Brasil entra nos Jogos Olímpicos de Tóquio com chances reais de medalha tanto no futebol masculino como no feminino. Só uma vez na história as duas seleções foram ao pódio em uma mesma Olimpíada, em Pequim 2008, quando elas foram prata e eles bronze. Na Rio 2016, os homens foram campeões e as mulheres ficaram em quarto lugar.

O ciclo olímpico da seleção feminina foi de altos e baixos, com trocas de técnicos e uma nona colocação na Copa do Mundo após uma eliminação na prorrogação para a França, time dona da casa. No momento, o otimismo paira na seleção, principalmente após a chegada da treinadora sueca Pia Sundhage, dona de três medalhas olímpicas.

Já o futebol masculino é uma das modalidades mais complicadas de fazer qualquer projeção, principalmente pelo fato das seleções sub-23 (ou sub-24 neste ciclo) não jogarem muitos torneios. Ainda mais com a possibilidade de três atletas mais velhos, que deixa ainda mais difícil fazer qualquer avaliação.

Brasil posa após a conquista do ouro na Rio 2016 - Stuart Franklin/FIFA
Brasil posa após a conquista do ouro na Rio 2016 – Stuart Franklin/FIFA

O torneio masculino terá 16 seleções, divididas em quatro grupos. O Brasil está no grupo D ao lado de Alemanha, Arábia Saudita e Costa do Marfim. Os dois primeiros de cada chave avançam às quartas de final, quando a competição passa a ser disputada em mata-mata em jogo-único. A final será no dia 7 de agosto.

Anote na agenda os confrontos:

22/07 (quinta) – 08h30 – Brasil x Alemanha
25/07 (domingo) – 05h30 – Brasil x Costa do Marfim
28/07 (quarta) – 05h – Brasil x Arábia Saudita

Diferentemente do masculino, o torneio feminino tem apenas 12 seleções em três grupos de quatro. As duas melhores colocadas de cada chave se classificam, enquanto as três seleções que terminaram em terceiro lugar também garantem vaga. A partir daí, as equipes jogam as quartas de final em jogo único, depois as semis e, por fim, a tão sonhada final valendo o ouro e a prata. O bronze é disputado entre os perdedores das semifinais.

Anote na agenda os duelos:

21/07 (quarta) – 5h – Brasil x China
24/07 (sábado) – 8h – Brasil x Holanda
27/07 (terça) – 08h30 – Brasil x Zâmbia

Marta é a grande estrela da seleção feminina - AFP
Marta é a grande estrela da seleção feminina – AFP

VELA

Esporte com mais medalhas de ouro na história para o Brasil, a vela nacional chegará aos Jogos Olímpicos com uma grande chance de medalha, com Martine Grael e Kahena Kunze, na classe 49erFX. As duas são atuais campeãs olímpicas e presenças constantes no pódio das principais competições. Como candidato ao pódio aparece o veterano Robert Scheidt, que cresceu muito no ciclo olímpico, principalmente nos resultados de 2021, e pode aparecer com medalha na Laser.

Além dos dois, há possibilidades razoáveis na classe Nacra 17 (Gabriela Nicolino e Samuel Albrecht), classe 470 (Ana Luiza Barbachan e Fernanda Oliveira) e um pouco menores na classe Finn (Jorge Zarif) e na RS:x (Patrícia Freitas). O país ainda será representado na classe 470 (Bruno Bethlem e Henrique Haddad) e na 49er (Marco Grael e Gabriel Borges).

Anote na agenda as principais disputas para ao Brasil:

25/07 (domingo) – 00h – Laser masculino – 1ª e 2ª regatas
26/07 (segunda) – 00h – Laser masculino – 3ª e 4ª regatas
27/07 (terça) – 00h – Laser masculino – 5ª e 6ª regatas
27/07 (terça) – 00h – 49er FX feminino – 1ª, 2ª e 3ª regatas
28/07 (quarta) – 00h – 49er FX feminino – 4ª, 5ª e 6ª regatas
29/07 (quinta) – 00h – Laser masculino – 7ª e 8ª regatas
30/07 (sexta) – 00h – 49er FX feminino – 7ª, 8ª e 9ª regatas
30/07 (sexta) – 00h – Laser masculino – 9ª e 10ª regatas
31/07 (sábado) – 00h – 49er FX feminino – 10ª, 11ª e 12ª regatas
01/08 (domingo) – 00h – Laser masculino – final
02/08 (segunda) – 00h – 49er FX feminino – final

Martine Grael e Kahena Kunze defenderão o título - Clive Mason/Getty Images
Martine Grael e Kahena Kunze defenderão o título – Clive Mason/Getty Images

GINÁSTICA

A ginástica artística brasileira chega aos Jogos Olímpicos de Tóquio com diversas possibilidades de medalha, encabeçada por Arthur Zanetti, que busca sua terceira medalha nas argolas, e Arthur Nory, atual campeão mundial da barra fixa. No feminino, há uma incógnita grande pois Flavia Saraiva não competiu neste ano no solo, prova que seria sua principal chance, o mesmo acontecendo com o salto de Rebeca Andrade, que não foi executado ainda em 2021.

Anote na agenda as principais disputas para o Brasil:

29/07 (quinta) – 07h50 – individual geral feminino (final)
02/08 (segunda) – 05h – argolas masculino (final)
02/08 (segunda) – 05h45 – solo feminino (final)
03/08 (terça) – 06h30 – barra fixa masculino (final)

Arthur Zanetti busca a sua terceira medalha olímpica - Minas Panagiotakis/Getty Images
Arthur Zanetti busca a sua terceira medalha olímpica – Minas Panagiotakis/Getty Images

CANOAGEM

Isaquias Queiroz vai competir em duas provas nas Olimpíadas de Tóquio e nas duas é favorito ao pódio. No C1 1000m, são basicamente cinco atletas com chances reais de vitória, enquanto no C2 1000m, ao lado do novato Jacky Godmann, também está no páreo. Na canoagem slalom, Ana Sátila está na lista das candidatas no C1 e K1, mas longe do favoritismo.

Anote na agenda as principais provas para o Brasil:

25/07 (domingo) – 01h17 – K1 feminino canoagem slalom (classificatória)
27/07 (terça) – 02h – K1 feminino canoagem slalom (semifinal)
27/07 (terça) – 04h – K1 feminino canoagem slalom (final)
28/07 (quarta) – 01h – C1 feminino canoagem slalom (classificatória)
29/07 (quinta) – 02h – C1 feminino canoagem slalom (semifinal)
29/07 (quinta) – 03h45 – C1 feminino canoagem slalom (final)
01/08 (domingo) – 22h32 – C2 1000m masculino canoagem velocidade (classificatória)
02/08 (segunda) – 00h36 – C2 1000m masculino canoagem velocidade (quartas de final)
02/08 (segunda) – 21h46 – C2 1000m masculino canoagem velocidade (semifinal)
02/08 (segunda) – 23h55 – C2 1000m masculino canoagem velocidade (final)
05/08 (quinta) – 21h30 – C1 1000m masculino canoagem velocidade (classificatória)
06/08 (sexta) – 21h30 – C1 1000m masculino canoagem velocidade (semifinal)
06/08 (sexta) – 23h10 – C1 1000m masculino canoagem velocidade (final)

Isaquias Queiroz vai buscar duas medalhas - Phil Walter/Getty Images
Isaquias Queiroz vai buscar duas medalhas – Phil Walter/Getty Images

SKATE

A entrada do skate no programa das Olimpíadas deve render bons frutos para o Brasil. O país é favorito a pelo menos três medalhas, podendo, inclusive, conseguir um pódio triplo na prova do street feminino, em que o país tem três atletas entre as cinco melhores do planeta.

No street feminino, o Brasil tem Pâmela Rosa, líder do ranking e campeã mundial de 2019, Rayssa Leal, prata no Mundial de 2019 e bronze no Mundial de 2021, e Letícia Bufoni, uma das melhores da história, e que ficou em quinto lugar no Mundial de 2019.

No park masculino, o Brasil também tem três atletas entre os melhores do mundo, mas as chances não são tão grandes quanto no street feminino. Luizinho foi vice-campeão mundial em 2019, enquanto Pedro Quintas foi bronze. O terceiro nome do país é Pedro Barros, considerado um dos melhores da história.

No street masculino, a principal chance é com Kelvin Hoefler, que é forte candidato ao pódio. Ele foi quarto colocado nos Mundiais de 2019 e 2021, mas tem no currículo três medalhas neste torneio, em 2015, 2017 e 2018. Por fim, no park feminino, o time será formado por Yndiara AspIsadora Pacheco e Dora Varella. As três não conseguiram ir à final do Mundial de 2021, mas estão naquela lista de atletas que não são favoritas, mas podem surpreender.

Anote na agenda:

24/07 (sábado) – 21h – street masculino (classificatória)
25/07 – 00h25 – street masculino (final)
25/07 (domingo) – 21h – street feminino (classificatória)
26/07 (segunda) – 00h25 – street feminino (final)
03/08 (terça) – 21h – park feminino (classificatória)
04/08 (quarta) – 00h30 – park feminino (final)
04/08 (quarta) – 21h – park masculino (classificatória)
05/08 (quinta) – 00h30 – park masculino (final)

Pâmela Rosa é a número 1 do mundo no street feminino - Sean M. Haffey/Getty Images
Pâmela Rosa é a número 1 do mundo no street feminino – Sean M. Haffey/Getty Images

SURFE

O surfe estará, pela primeira vez, no programa olímpico, e o Brasil tem ótimas chances de medalha. No masculino, Gabriel Medina e Ítalo Ferreira são os favoritos e podem até mesmo fazer uma dobradinha ouro-prata. No feminino, as americanas chegam como as atletas a serem batidas, mas Tatiana Weston-Webb vem em uma temporada muito boa, enquanto Silvana Lima pode surpreender por se adaptar muito bem ao estilo de onda que teremos nas Olimpíadas.

Anote na agenda:

24/07 (sábado) – 19h – individual masculino (1ª rodada)
24/07 (sábado) – 22h20 – individual feminino (1ª rodada)
25/07 (domingo) – 01h40 – individual masculino (2ª rodada)
25/07 (domingo) – 3h – individual feminino (2ª rodada)
25/07 (domingo) – 19h – individual feminino (oitavas de final)
26/07 (segunda) – 00h – individual masculino (oitavas de final)
26/07 (segunda) – 19h – individual masculino (quartas de final)
26/07 (segunda) – 21h30 – individual feminino (quartas de final)
27/07 (terça) – 00h20 – individual masculino (semiffinal)
27/07 (terça) – 01h20 – individual masculino (semiffinal)
27/07 (terça) – 20h – individual feminino (disputa do bronze)
27/07 (terça) – 20h45 – individual masculino (disputa do bronze)
27/07 (terça) – 21h30 – individual feminino (final)
27/07 (terça) – 22h15 – individual masculino (final)

Italo Ferreira e Gabriel Medina dividem pódio em etapa do Circuito Mundial - Matt Dunbar/World Surf League
Italo Ferreira e Gabriel Medina dividem pódio em etapa do Circuito Mundial – Matt Dunbar/World Surf League

HANDEBOL

O handebol manteve o formato da Rio 2016 para os Jogos Olímpicos de Tóquio. Serão 12 seleções em cada naipe brigando pelo ouro. Por ser país-sede, o Japão se garantidiu no masculino e no feminino. Todas as demais vagas foram preenchidas através dos torneios continentais, dos Mundiais e dos pré-olímpicos. O Brasil classificou primeiramente a seleção feminina, que foi campeã nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019 (só o ouro garantia a vaga). A seleção masculina conseguiu a classificação em um dos pré-olímpicos realizados em 2021.

O handebol brasileiro não vai ter vida fácil desde o primeiro dia das Olimpíadas de Tóquio. Em sorteio realizado de forma virtual em 1º de abril, a Federação Internacional de Handebol (IHF) definiu os grupos da modalidade nos Jogos Olímpicos, tanto no masculino, que vai começar no dia 24 de julho, quanto no feminino, que começa em 25 de julho, ambos no Yoyogi National Gymnasium. Cada grupo tem seis seleções, e as quatro melhores avançam para as quartas-de-final.

Campeã mundial em 2013, a seleção feminina do Brasil é esperança de medalha olímpica. Mas para isso vai ter que passar por uma difícil fase de grupos. A seleção caiu no no grupo B, com o Comitê Olímpico Russo, atual campeão olímpico, e a França, campeã mundial em 2017 e da Europa em 2018, além da Espanha, vice-campeã mundial em 2019, a Suécia, quarta colocada no Mundial de 2017, e a Hungria.

Seleção feminina conquistou o ouro no Pan de Lima - Divulgação/COB
Seleção feminina conquistou o ouro no Pan de Lima – Divulgação/COB

Já a seleção masculina, que se classificou apenas recentemente, em março deste ano, ao conquistar a segunda colocação do Pré-Olímpico de Podgorica, em Montenegro, caiu no grupo A. Nele, vai enfrentar a Argentina, sua principal rival na América do Sul, e quatro seleções europeias com tradição e títulos na modalidade. A atual campeã olímpica e mundial, Dinamarca, ficou no grupo B.

Anote na agenda os confrontos:

Torneio feminino

24/07 (sábado) – 23h – Brasil x Rússia
26/07 (segunda) – 23h – Brasil x Hungria
28/07 (quarta) – 23h – Brasil x Espanha
31/07 (sábado) – 04h15 – Brasil x Suécia
01/08 (domingo) – 23h – Brasil x França

Torneio masculino

23/07 (sexta) – 21h – Brasil x Noruega
25/07 (domingo) – 21h – Brasil x França
28/07 (quarta) – 07h30 – Brasil x Espanha
29/07 (quinta) – 21h – Brasil x Argentina
01/08 (domingo) – 07h30 – Brasil x Alemanha

(Globo Esporte)