Confiança e fim de jejum na Arena são as missões do Grêmio contra o Vitória

O 3 a 0 construído na Bahia dá a chance de o clube gaúcho até perder por dois gols de diferença e mesmo assim seguir na competição. Esse cenário, no entanto, obviamente não é o pretendido.

— Temos que trabalhar em cima do que vimos de bom e enaltecer isso, e o que vimos de ruim, corrigir. Aí acho que estamos no caminho certo. Mas os resultados precisam aparecer — reforça o técnico Luiz Felipe Scolari.

Mais ânimo e confiança

Com a leveza do resultado já encaminhado em Salvador, o Grêmio tem a oportunidade de buscar uma nova injeção de ânimo no elenco, como já ocorreu com a vitória na partida inicial das oitavas de final.

Uma maneira de mostrar que a derrota para o Bragantino, no Brasileirão, ficou já no passado. Até porque o próximo adversário na Série A praticamente exige vitória — a Chapecoense é a lanterna e tem 10 derrotas na competição.

A confirmação da vaga nas quartas dá uma nova confiança, que se estica até a próxima partida apenas, mas pode servir para iniciar um impulso.

Sob o comando de Felipão, o Grêmio até não tem números tão ruins: são três vitórias, dois empates e duas derrotas, 52% de aproveitamento. Mas é preciso uma série de bons resultados no Brasileiro para sair da vice-lanterna.

Melhora do ataque

O setor ofensivo foi apontado por Felipão como a mais urgente necessidade de melhora para os próximos momentos do Grêmio. No Barradão, a equipe já mostrou a capacidade de criar e converter em gols.

Mas, na derrota para o Bragantino, o setor novamente foi inoperante. São apenas dois dias de treinamentos, claro, o que significa pouco tempo para trabalhar taticamente o ataque. Ao mesmo tempo, será possível testar e ajustar movimentações.

— Pretendemos melhorar a situação do Grêmio, principalmente criar mais situações de gol, mais possibilidades de chegar ao gol. Já que na parte de trás estamos praticamente bem equilibrados. Da frente que nos falta um pouco, criação e de frente, não estamos conseguindo aquilo que pretendíamos, mas estamos melhorando — apontou o técnico gremista no sábado.

Fim do jejum em casa

O Grêmio também tem a oportunidade de encerrar um incômodo jejum. São sete jogos sem ganhar dentro da Arena, uma marca jamais antes atingida em oito anos de existência do estádio.

A atual série tem derrotas para LDU, Atlético-GO e Athletico e empates com América-MG, Inter, Fortaleza e Santos. A última vitória ocorreu no dia 6 de junho sobre o Santa Cruz-RS, que recentemente subiu da terceira divisão estadual para a segunda, na disputa da Recopa Gaúcha.

Em 1998, o Grêmio chegou a ficar sete partidas oficiais sem vencer no Olímpico. Mas entre elas houve dois amistosos com o Peñarol – empate em Rivera e vitória no Olímpico -, o que descaracteriza a série de jogos consecutivos. Em 1997, foram seis partidas de seca como mandante.

Grana nos cofres

Com uma temporada atribulada, o Grêmio pode garantir uma premiação de R$ 3,45 milhões ao passar para a próxima fase da competição. Esse é o valor destinado pela CBF aos clubes participantes das quartas de final.

Embora sanado financeiramente, o Tricolor pretende fazer contratações com investimentos. Um exemplo é a chegada de Borja, com o empréstimo a custo de R$ 6 milhões a ser pago ao Palmeiras. Ter valores no caixa acaba por ser importante para o clube.

Ritmo a Thiago Santos

Felipão tem lamentado nos últimos jogos a quantidade de desfalques do Grêmio por lesão. E isso aos poucos começa a diminuir. O volante Thiago Santos, jogador da confiança do treinador dos tempos de Palmeiras, foi relacionado para a partida com o Vitória.

O camisa 5 era titular absoluto do Grêmio até a lesão, no dia 26 de junho, contra o Fortaleza. A expectativa é que se mantenha com o status assim sob novo comando. A partida da Copa do Brasil ganha importância para ganhar ritmo após cinco semanas afastado.

Provável Grêmio: Gabriel Chapecó; Vanderson, Geromel, Ruan e Cortez; Thiago Santos (Lucas Silva ou Fernando Henrique), Darlan, Léo Pereira, Jean Pyerre e Alisson; Ricardinho.