Na manhã deste sábado, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) emitiu um comunicado oficial defendendo o adiamento da Olimpíada de Tóquio. Não demorou para que confederações brasileiras manifestassem seu apoio à instituição máxima do esporte nacional.
A CBV, do vôlei, informou sua posição a favor dos Jogos Olímpicos em 2021, no mesmo período previsto para 2020 inicialmente.
– Prezando pela segurança máxima de todos os envolvidos com as seleções brasileiras de vôlei e pelo bem de todo o esporte brasileiro e mundial, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) apoia o pedido de adiamento dos Jogos de Tóquio, feito, neste sábado (21.03), pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) em função do coronavírus (COVID-19). A entidade que rege o esporte brasileiro pede ao Comitê Olímpico Internacional (COI) que o evento aconteça em 2021, no mesmo período agendado para 2020 – entre o fim de julho e a primeira quinzena de agosto – diz a nota da CBV.
Ainda na nota, o diretor executivo da confederação de vôlei, Radamés Lattari, afirma:
– A CBV entende que, diante da pandemia que toma conta do mundo inteiro, não há condições para que o maior evento esportivo do planeta seja realizado. Sabemos do momento mágico que é uma edição dos Jogos, o quanto os atletas se preparam e esperam por isso, e, justamente visando ter uma competição no mais alto nível, como merecido, que concordamos que este não é o ano ideal.
Uma das primeiras modalidades a aplaudir o comunicado foi o judô, que publicou em sua conta no Twitter a seguinte nota:
– A CBJ está junto com o COB nessa defesa do adiamento dos Jogos Olímpicos e parabeniza o presidente Paulo Wanderley pela coragem e liderança. O momento é de cuidarmos da saúde mundial para o melhor bem individual e universal. #JitaKyoei
Técnica da seleção brasileira feminina e do Flamengo, Rosicleia Campos diz comungar da mesma posição de Paulo Wanderley e comemorou o pronunciamento da CBJ.
– O momento é grave. Preservar a integridade dos atletas é prioridade número um. Olimpíadas, além de ser uma competição, é a maior festa do esporte mundial. Além das disputas por medalhas, o espírito olímpico que tanto falamos e amamos estaria totalmente comprometido por conta da insegurança em relação ao público.
Outra entidade que endossou o clamor do COB foi a Confederação Brasileira de Ginástica, que promete, inclusive, enviar uma carta à Federação Internacional de Ginástica (FIG) para pleitear o adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Arthur Nory é um dos atletas em preparação para a Olimpíada de Tóquio — Foto: Ricardo Bufolin/Panamerica Press/CBG
A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos diz que a dificuldade nos treinos e a exposição dos atletas afeta diretamente a performance e a saúde de seus integrantes.
Nota Oficial CBDA pedindo adiamento das Olimpíadas de Tóquio — Foto: Divulgação CBDA
No início da manhã quem também emitiu um posicionamento foi a Confederação Brasileira de Canoagem. Veja trecho da nota:
– A Confederação Brasileira de Canoagem – CBCa, endossa por completo a nota oficial publicada hoje pelo Comitê Olímpico do Brasil referente a transferência dos Jogos Olímpicos de Tóquio para julho de 2021. (…) Locais que apresentam o mínimo de risco aos canoistas foram desativados por tempo indeterminado. Por essas medidas sabemos que afetará na respectiva performance dos treinamentos. Assim sendo, a proposta de adiamento dos Jogos Olímpicos para 2021 minimizaria os impactos que estamos sofrendo neste momento.
– A posição do COB, apoiada pelas confederações nacionais, se dá por conta do notório agravamento da pandemia do COVID-19 e pela consequente dificuldade dos atletas de manterem seu nível competitivo pela necessidade de paralisação dos treinos e competições. #RemoBrasil #TimeBrasil
Ao que tudo indica, o movimento de apoio das confederações ao comunicado do COB tende a crescer. (Globo Esporte)