O jornalista e radialista Lino Pinheiro, 76 anos, faleceu nesta sexta-feira (19), em Cuiabá,  vítima de infarto fulminante. A informação foi divulgada pelo portal de notícias Gazeta Digital e, na sequência, confirmada por familiares e pelo ex-vereador e ex-deputado Toninho de Souza, seu afilhado, em publicação no Facebook.

Acelino Duarte Pinheiro era profissional da comunicação desde o início da década de 1970. Primeiro, se destacou nas emissoras de rádio, principalmente no jornalismo esportivo; e, depois, em programas jornalísticos nas TVs de Cuiabá, tanto como repórter quanto na condição de apresentador.

Com sua eloquência e dinamismo, em cinco décadas, chegou ao sucesso. Na longa carreira, o auge da popularidade foi conquistado por Lino Pinheiro como apresentador do Globo Esporte, na TV Centro América (Globo); e, posteriormente, no Programa Cadeia Neles, campeão de audiênica, na TV Vila Real – afiliada da Record.

Ele ficou famoso também por criar bordões, como “LP, do rádio e da TV” – utilizando o seu próprio nome, para autopromoção; “Mãns”,  “Amador com Amor”, “Torcida Amiga, Dois Abraços”,  “Assados e Pedidos” e “Cuiabá! Muito prazer!”, entre outros.

Na época em que incentivava o desporto amador, foi um dos líderes na luta para transformar o “campinho de cascalho” ao lado de  Terminal de Integração José Bertides da Silva, no atual Mini-Estádio do CPA-I, com quase 900 lugares em arquibancadas e gramado supostamente doado numa inusitada  importação de Dallas, Texas – herança da Copa dos Estados Unidos de 1994.

Lino Pinheiro foi candidato a vereador algumas vezes e ficou na suplência. Por isso, assumiu várias vezes cadeiras, na Câmara de Cuiabá, em períodos de licença dos titulares.

Em uma de suas passagens pela Câmara de Cuiabá, em fins da década de 1990, foi autor do projeto de lei que criou o Cemitério e Crematório Municipal do CPA (Morada da Serra), na região Norte de Cuiabá.

Por muito tempo, cobrou a implantação do novo campo santo. Mais 20 anos depois da aprovação, o grande CPA continua sem cemitério.

A reportagem tentou contato com familiares. E ainda não há informações sobre horário e local do velório e enterro de Lino Pinheiro.

Condolências

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) divulgou nota de pesar pelo passamento de Lino Pinheiro.

“Lino era um mestre da comunicação e trabalhou em diversas emissoras de rádio e TV”, observou ele.

“Ele foi um dos baluartes do jornalismo esportivo nas décadas de 70 e 80, migrando depois para o policial já nos anos 90. Seu bordão mais famoso era o mãns”, justificou Emanuel.

Já Toninho de Souza recordou que foi lançado na comunicação por Lino Pinheiro, no início da década de 1990. “É com uma dor imensa no coração que venho aqui comunicar o falecimento do meu padrinho Lino Pinheiro. Foi agora há pouco vítima de uma parada cardíaca. Foi quem me lançou na comunicação e era um verdadeiro pai pra mim. Estou muito triste e ainda tentando entender”, descreveu  Toninho, em sua publicaçaõ no Facebook.

O deputado estadual Max Russi, primeiro secretário da Assembleia Legislativa e presidente do PSB de Mato Grosso, dirigiu uma moção de pesar aos profissionais da comunicação de Mato Grosso, pelo passamento de Lino Pinheiro.

“Nos contatos com os quais tivemos, sempre reconheci nele um profissional dedicado e comprometido com a melhor informação. Lino Pinheiro certamente deixa um legado de paixão pelo trabalho e isso fica como legado”, destacou Max Russi, em seu manifesto de pesar, via assessoria.