O deputado federal por Mato Grosso, Nelson Barbudo (PSL), intitulou como “histórico” o ato simbólico para marcar a primeira colheita de arroz, realizado na última sexta-feira (23.04), na comunidade indígena Xavante do Sangradouro. O local abrange os municípios de Primavera do Leste, Poxoréu, General Carneiro e São Joaquim.
Defensor da independência indígena, nome, aliás, do projeto, o parlamentar lembrou durante o evento que o embrião desta lavoura nasceu exatamente ali na região, durante uma visita do presidente da República, Jair Bolsonaro.
“O projeto foi iniciado em visita do presidente em Primavera. No dia também estava o presidente do Sindicato Rural do município, José Nardes. Ali nasceu a ideia. Eu abracei a causa e sou defensor de que tudo que é feito dentro da lei está permitido. Esta lavoura representa uma área mínima dentro de um total de 132 mil hectares. É uma lavoura fruto de autorização do Ibama e Sema. Ou seja, preenche os requisitos legais. Portanto, hoje é um dia histórico e os indígenas têm a permissão de serem como qualquer outro agricultor do país”, destacou.
O deputado ainda afirmou que é um novo capítulo da história nacional. “A pergunta é: por que não produzir? Eles têm tempo e capacidade. Nós demos a assistência técnica, eles aprenderam a operar o maquinário e a usar os defensivos agrícolas com todos os rígidos controles de segurança. Portanto, começa um novo Brasil para a comunidade indígena. A partir de agora eles poderão ter lucro e desejo que possam ter uma vida ainda mais digna no tocante à saúde e conforto dos seus lares. Eles não são nada mais que nossos irmãos e têm os mesmos direitos. Por isso, celebramos esta primeira colheita no Sangradouro”.
Barbudo citou ainda durante a ocasião que a produção agrícola na terra indígena representará emprego, renda e lucro. Com isso, conforme o deputado, Mato Grosso sai na frente. “Muitos estados estão me procurando para entender e adequar projetos parecidos aos nossos. A vida destes povos antes era de pedintes de migalhas do estado brasileiro e de ONGS esquerdistas que os enganavam. ONGS que os jogavam contra os proprietários vizinhos. Nós conseguimos a paz, que já é uma grande vitória, e conseguimos também mostrar que a lavoura e o trabalho dignificam o homem”.