Duas das maiores lideranças políticas que Mato Grosso já produziu, dois políticos que já provaram capacidade de trabalho no Executivo e Legislativo, se reuniram ontem à noite. Júlio Campos e Roberto França reafirmaram a parceria que une os seus partidos na coligação Todos Por Cuiabá. “Chegou a hora de contrapor essa avalanche de dinheiro contra nós, com o voto consciente dos formadores de opinião”, disse o anfitrião da reunião, secretário César Miranda.
“Vamos para o segundo turno e vamos ganhar a eleição. Tenho certeza que ao comparar com a atual gestão, o eleitor vai reconduzir Roberto à prefeitura, pois é honesto, experiente e fez duas grandes gestões na Capital voltadas para o social. Pesquisas refletem o momento, não são antecipações do resultado, pois ninguém ganha antes do fechamento das urnas e da apuração”. A previsão foi feita ontem pelo ex-prefeito, governador, deputado e senador Júlio Campos, durante reunião do DEM em apoio ao candidato da coligação Todos por Cuiabá (Patriota/DEM/PSD).
Júlio Campos destacou que conhece e é amigo de Roberto desde que foram vizinhos na rua 24 de Outubro, há mais de cinquenta anos. “Esse homem que todos conhecem e sabem do seu amor por Cuiabá, já ocupou os principais cargos em Mato Grosso. Prefeito duas vezes, deputado estadual, federal e presidente da Câmara e da Assembleia. E até hoje trabalha comigo na TV Brasil Oeste toda noite, o que prova sua honestidade e honradez. Quase vinte anos depois o povo não esquece das realizações de França na prefeitura. Enquanto isso, a atual gestão aprontou de tudo quanto é lado. E por isso que eu Júlio, meu irmão Jayme, toda a nossa família e a grande família do DEM de Cuiabá estamos juntos para eleger Roberto França”, disse.
Júlio Campos destacou sua satisfação de participar da reunião num momento importante, a eleição dos prefeitos, vereadores e um senador. “Mas o principal foco é a eleição na prefeitura da Capital, que não pode continuar como está. O DEM sabe que o melhor candidato é Roberto França e indicamos para vice o melhor quadro do Democratas em Cuiabá, o vereador e vice-prefeito de França, Marcelo Bussiki. Estamos trabalhando, pedindo votos em todas as comunidades para devolver à prefeitura uma gestão honesta e que olhe para os mais pobres”, disse Campos.
1 X 0
Roberto França agradeceu o apoio incondicional do DEM e da família Campos, a quem Mato Grosso muito deve pelo trabalho expressivo dos dois ex-prefeitos, ex- governadores e senadores que fizeram história, Júlio e Jayme. “Muitos estranharam que depois de 18 anos eu voltasse à vida pública. Recebi diversas manifestações de vários segmentos sociais no sentido de que eu não poderia deixar de concorrer para acabar com a corrupção desenfreada que hoje enlameia a prefeitura. Eu não fujo à luta, devo tudo a esta cidade e às pessoas que tratei com amor e dignidade e no próximo domingo vamos consolidar a vitória da democracia, da experiência e da moralidade”, disse França.
França lembrou o escândalo do paletó e o afastamento de quatro secretários e a prisão de um deles por denúncias de corrupção na atual gestão. “Cuiabá foi envergonhada nacional e internacionalmente com este escândalo de recebimento de propina. Hoje o prefeito me ataca com calúnias e mentiras, já reconhecidas pela justiça eleitoral, que me permitiu usar o programa dele para restabelecer a verdade”.
França disse que pesquisas internas apontam que está empatado tecnicamente com o segundo colocado e com chances reais de chegar ao segundo turno. “O prefeito me ataca pois tem medo de me enfrentar no segundo turno, pois já venci ele no primeiro turno nas eleições de 2000. Naquele ano Emanuel ficou em quarto e último lugar, atrás de Serys e Wilson Santos. Está 1 x 0 prá mim e vou vencer de novo”, assegurou.
História
Candidato a segundo suplente na chapa do candidato Nilson Leitão, Júlio lembrou que esta é a segunda vez na história que acontece uma eleição suplementar em Mato Grosso. A primeira foi em 1947, pois um ano antes a Assembleia Nacional Constituinte criara a terceira vaga ao Senado. Em 46 elegeram-se João Vilas Boas e Vespaziano Barbosa Martins e em seguida houve a suplementar que elegeu a grande liderança do Partido Social Democrático (PSD) e posteriormente da Arena, Filinto Muller. Ele ficaria no Senado até a morte num acidente aéreo no aeroporto de Orly, em Paris, em 1973.