Em poucas horas, Fábio Carille ganhou força dentro do Vasco e foi anunciado como novo treinador do clube na noite desta quinta-feira. E alguns motivos foram fundamentais para a escolha do treinador: a solidez defensiva dos times comandados pelo treinador, com uma média baixa de gols sofridos e até a estabilidade dentro dos cargos ao longo da carreira tiveram peso para a gestão de Pedrinho chegar ao nome do comandante.
Desde o início das buscas, o Vasco priorizou treinadores que tenham experiência no futebol brasileiro e descartou, por exemplo, a possibilidade de apostar em estrangeiros que nunca trabalharam no país. O clube chegou a abrir negociações com Antônio Oliveira, Pedro Caixinha e Paulo Pezzolano, mas as conversas não avançaram por diferentes motivos.
A tentativa mais recente antes de Carille foi Renato Gaúcho, que por fim recusou a proposta por causa dos valores de salário oferecidos. O resposta de Renato ocorreu na quarta-feira. Na quinta, a diretoria vascaína foi atrás de Fábio Carille, que estava livre no mercado desde que foi desligado do Santos.
Para o Vasco, ter experiência com o futebol brasileiro nesse momento é mais importante do que modelo de jogo. E Carille atende a esse requisito – como também atenderiam Renato Gaúcho, Caixinha, Antônio… Esse foi o principal filtro ativado pelo clube nas buscas no mercado.
Pedrinho e seus diretores entendem que precisam de um técnico acostumado, por exemplo, com o calendário do futebol brasileiro – em especial no ano que vem, quando as datas serão ainda mais apertadas em função da disputa do Mundial de Clubes no meio do ano.
Além disso, o clube reconhece que a estrutura de trabalho no CT Moacyr Barbosa não é das melhores e buscou evitar a contratação de um técnico que se surpreendesse negativamente quando desse início aos trabalhos. O Vasco busca alguém que consiga fazer o elenco render no ano que em apesar desses fatores. E viu em Carille uma alternativa viável.
No primeiro contato, o técnico imediatamente se animou com a possibilidade de treinar o Vasco, o que facilitou as tratativas. A estabilidade dos trabalhos do treinador, com períodos relativamente longos nas equipes e casos de mais de uma passagem no mesmo clube, também pesaram a favor.
Solidez defensiva
Um dos motivos para a escolha do treinador passa pelo equilíbrio defensivo dos times comandados por Carille, um dos principais problemas do Vasco nos últimos anos: o clube terminou o Brasileirão com 56 gols sofridos e a quarta pior defesa do campeonato, atrás apenas de Atlético-GO, Criciúma e Juventude.
Desde 2016, quando deu o pontapé em sua carreira profissional ao assumir o Corinthians, Fábio Carille soma 260 jogos oficiais por clubes brasileiros. Além do Timão, o treinador já comandou o Santos, em duas oportunidades, e o Athletico-PR.
Carille soma 322 gols marcados – média de 1,24 gol/jogo; e 211 gols sofridos – média de 0,81 gol/partida.
Em 2024, Carille comandou a campanha do título do Santos na Série B. Em 53 jogos na temporada, foram 30 vitórias, 10 empates e 13 derrotas – com 78 gols marcados e 44 sofridos. Um aproveitamento de 62,8%.
Veja o raio-x dos gols marcados pelo Santos em 2024 com Carille:
- 37 gols a partir de jogadas aéreas
- 25 gols a partir de jogadas com bola parada
- 8 gols a a partir de contra-ataques
- 6 gols a partir de roubadas de bola com pressão no campo ofensivo
- 57 gols marcados de dentro da área (com bola rolando)
- 10 gols marcados de fora da área (com bola rolando)
- 6 gols de pênalti
- 4 gols em cobranças de falta direta
- 1 gol contra
Veja o raio-x dos gols sofridos pelo Santos em 2024 com Carille:
- 18 gols a partir de jogadas aéreas
- 14 gols a partir de jogadas com bola parada
- 5 gols a a partir de contra-ataques
- 4 gols a partir de roubadas de bola do adversário no campo ofensivo
- 29 gols sofridos de dentro da área (com bola rolando)
- 9 gols sofridos de fora da área (com bola rolando)
- 6 gols de pênalti
(GE)