O Atlético é o líder do Brasileirão com 38 pontos e tem cinco de distância para o sétimo colocado. É a menor diferença entre os sete primeiros colocados desde 2004, quando o Santos ocupava a primeira posição e o Figueirense era o oitavo colocado com 33, na 21a rodada.
A distância revela o equilíbrio e a imprevisibilidade de um campeonato que, muita gente imaginava, seria disputado cabeça a cabeça por Flamengo e Palmeiras. Nenhum dos dois clubes conseguiu a primeira colocação nas 21 rodadas.
Nestes dezesseis anos, houve campeonatos semelhantes, em termos de equilíbrio, entre os cinco mais bem classificados. A última temporada assim foi a de 2016, quando o Palmeiras liderava com 40 pontos, dois acima do Atlético e a quatro do Santos, quinto colocado. Os santistas terminaram como vice-campeões. Antes, em 2011, com o Corinthians líder (40) e o Flamengo em quinto (36).
Perceba que o equilíbrio não evitou que o líder caminhasse para o título. Tanto em 2016, quanto em 2011. Dois casos são de torneios de 38 rodadas.
O campeonato de 2004 tinha 46 rodadas. Daí valer também lembrar como estava a classificação quando faltavam 17 rodadas. Naquela época, o Santos estava em primeiro lugar com 52 pontos, o quinto colocado era o São Paulo com 48, e o Corinthians ocupava a sétima posição com 47. Apesar do equilíbrio, o líder terminou campeão.
Dos dezessete vencedores dos pontos corridos, apenas cinco não lideravam quando faltavam 17 rodadas para o término do torneio: Corinthians (2005), São Paulo (2008), Flamengo (2009), Fluminense (2012) e Palmeiras (2018). Nesses anos, os líderes eram Fluminense (2005), Grêmio (2008), Palmeiras (2009), Atlético (2012) e São Paulo (2018). (Globo Esporte)