Com uma nova comissão técnica e um elenco modificado em comparação com o ano passado, o Cuiabá chega para o terceiro ano seguido na Série A. Apesar do título estadual, o Dourado ainda levanta dúvidas sobre como serão os comportamentos em campo e qual deve ser o papel representado no campeonato. Em suma, o Dourado vai apresentar uma formação desconhecida para sua estreia neste sábado, contra o Palmeiras, em São Paulo.
Fora de outras competições, a equipe do técnico Ivo Vieira terá somente o Brasileirão até o fim da temporada. Comandado por um treinador que preza pelo controle com a posse de bola, o Cuiabá vem de desafios recentes em que era o time mais propositivo em campo, em razão da diferença técnica dos adversários – especialmente no Mato-grossense.
Como joga?
Em uma estrutura que tem quatro defensores, três jogadores na zona central e uma trinca de atacantes, o time apresenta uma construção mais fixa até o meio de campo. Na parte ofensiva, há movimentações para chegar à baliza rival com rapidez, majoritariamente pelas laterais.
A partir das ideias de Ivo, finaliza a construção pelas beiradas, sempre com dois jogadores abertos para alargar a marcação adversária, gerar situações de um contra um e, principalmente, cruzamentos na área, onde posiciona pelo menos três peças – fundamento mais utilizado até aqui.
O centroavante tem papel fundamental para receber os cruzamentos e dar profundidade nas transições, mas a equipe tenta povoar a área do oponente com o máximo de jogadores. O ponta do lado oposto fecha na segunda trave e os meias se infiltram para gerar opções pelo centro.
Na marcação, é um time que se fecha em 4-2-3-1 e tenta acelerar assim que recupera a posse.
No Brasileirão, pode ser uma equipe que marca em bloco médio, e que utiliza da velocidade pelas pontas para encaixar contra-ataques.
Time base
Com um miolo de zaga consolidado, laterais equilibradas e trio de ataque pouco modificado até aqui, as principais dúvidas estão no meio-campo.
Seis jogadores ainda não estrearam e aguardam o início do Brasileirão para apresentarem suas credenciais. São eles: Vitão, Allyson, Raniele, Nicólas Quagliata, Emerson Ramon e Patric Calmon.
Dos atletas recém-contratados, o meia Pablo Ceppelini é quem mais chama a atenção. Peça importante no funcionamento do modelo, o uruguaio é quem mais recebe a bola dos zagueiros e aciona quem fica aberto para dar continuidade à construção pelas beiradas. Ceppelini pode atuar na base das jogadas e chegar à frente para concluir a gol.
Com características distintas, Deyverson e Pitta são focos para finalizar ou ajudar as movimentações com tabelas. O paraguaio, aliás, pode ser ainda mais necessário quando o time precisar de rapidez para os contragolpes.
Denilson e Ronald formaram boa dupla de volantes, mas pode haver alterações nas funções, tendo Fernando Sobral, Raniele, Filipe Augusto e outros à disposição de Ivo Vieira.
Nas beiradas, Wellington Silva e Jonathan Cafú oferecem a amplitude e verticalidade para funcionar as descidas pelos lados.
Com algumas possíveis alterações, o time base do Cuiabá tem: Walter; Mateusinho (Matheus Alexandre), Marllon, Alan Empereur e Patric Calmon (Uendel); Denilson (Fernando Sobral), Ronald (Filipe Augusto) e Pablo Ceppelini; Jonathan Cafú (Quagliata), Wellington Silva e Deyverson (Pitta).