O empate sem gols contra o Goiás no fim de semana, pela 25ª rodada do Brasileirão, não retrata o que é o Grêmio em 2020. Em 55 jogos disputados até o momento, a equipe balançou as redes em 45 oportunidades (82%). O retrospecto dá certo conforto ao time, obrigado a marcar ao menos um gol para passar pelo Santos na Libertadores, na quarta-feira.
Como empatou por 1 a 1 na Arena o jogo de ida das quartas de final, o Grêmio não pode nem sonhar em sair zerado da Vila Belmiro. O Peixe tem a vantagem do 0 a 0, enquanto os gaúchos avançam com qualquer empate a partir de 2 a 2. Se o resultado for repetido, a decisão vai para os pênaltis.
Com 78 gols feitos ao longo da temporada, o Tricolor conta com uma média favorável de 1,42 bolas na rede por partida. Foi vazado 40 vezes em 51% do total de duelos (28).
Em relação à Libertadores, só deixou de marcar em duas das nove partidas. Ambas ocorreram ainda na fase de grupos. Primeiro, no empate em 0 a 0 contra Inter. Depois, na derrota por 2 a 0 para a Universidade Católica.
Logo após a partida contra o Goiás, no sábado, o técnico Renato Portaluppi foi questionado se os jogadores já não estavam com a cabeça na decisão diante do Santos. Ele admitiu a dificuldade deste trabalho psicológico, mas ressaltou que não definiu o empate por 0 a 0.
– É difícil você trabalhar a cabeça do jogador na véspera de uma decisão tão importante como a contra o Santos. Mas eu achei que minha equipe se comportou bem. Sinceramente, não achei que estivessem com a cabeça em outro lugar. Seria uma coisa normal, até certo ponto. Mas esse grupo está acostumado a decidir – disse Renato.
Grêmio em 2020
- 55 jogos
- 78 gols marcados
- 40 gols sofridos
- Marcou ao menos um gol em 45 jogos (82%)
- Média de 1,42 gol/jogo
Esperança por Jean Pyerre
O pênalti convertido por Diego Souza nos minutos finais do jogo de ida contra o Peixe tornou a missão gremista na Vila Belmiro menos preocupante. Além disso, a tendência é que Jean Pyerre retorne ao time, a inspiração no meio-campo aumente e os atacantes recebam mais bolas em condições de finalizar.
O camisa 10 foi ausência nos últimos três jogos por conta de um desconforto muscular. Apesar da preservação, o comandante não garantiu o jogador na partida de quarta-feira.
– A partir de amanhã (domingo), eu falo com o departamento médico, a gente faz uma revisão de jogadores e daí eu começo a definir a equipe que vai enfrentar o Santos – despistou o treinador no sábado.