Num confronto empolgante, Bahia e Internacional empataram em 1 a 1, na noite deste sábado (27), na Fonte Nova, em Salvador, na abertura do segundo turno do Brasileirão.
De certa forma, Inter pode comemorar o empata no final e dizer que conquistou um ponto contra o Bahia.
O Colorado precisava conquistar pontos para amenizar a crise interna. O primeiro jogo foi dominado pelo time da casa, mas o time de Roger Machado melhorou no segundo tempo e conquistou o merecido empate. O Inter agora pega o Palmeiras no próximo dia 4, enquanto o Bahia joga contra o Botafogo no dia 30.
Roger Machado escalou Borré e Valencia juntos no ataque, e um meio campo composto por Bruno Gomes, Bruno Henrique e Gabriel Carvalho, já que Alan Patrick não era opção. Essa formação não resultou em jogadas trabalhadas de construção, mas sim em lançamentos de longa distância e contra-ataques.
Contudo, foi justamente num contra-ataque, agora do Bahia, que deu o gol ao time da casa: Biel recebeu na ponta esquerda e foi desarmado com falta de Bustos, que deu carrinho visando a bola, mas acertou o adversário. Na cobrança, De Pena, ex-Inter, cobrou na cabeça de David Duarte que subiu sozinho e desviou para o gol. O camisa 33 tinha muito espaço, sendo marcado à distância por Rafael Borré.
O time não caiu de produção depois do gol, mas também não melhorou de forma sensível. A equipe da casa era soberana no meio campo, mesmo que começasse a dar mais espaços para o Colorado. As jogadas de ataque seguiram focadas em realizar a transição rápida ou contra-ataques. Wesley foi, mais uma vez, o escape do Colorado. Por diversas vezes, o jogador recebeu longe do gol, conseguiu um ou dois dribles e ganhou espaço para o time, porém, também foram várias as jogadas deste tipo que terminaram com um passe errado ou um cruzamento cortado pela defesa.
Inter reage no fim do primeiro tempo
Os melhores momentos do Colorado saíram por volta dos 40 minutos, quando Roger optou por orientar Borré a jogar por dentro, junto com Valencia, e colocar Gabriel Carvalho para preencher o espaço na ponta. Depois dessa mudança, Wesley fez boa jogada e achou Borré, que bateu travado, mesmo que impedido.
No lance seguinte, Valencia roubou de Caio Alexandre, conduziu e bateu para o gol, mas tirou muito do goleiro e a bola ainda bateu na trave antes de sair pela linha de fundo.
O primeiro tempo terminou com a justa vantagem da equipe da casa no placar, mas com esperança de uma segunda etapa melhor para o Colorado.
No intervalo, Roger colocou Rômulo visando melhorar a marcação no meio campo, de onde sacou Bruno Gomes. O time da casa decidiu dar a bola para o Inter, que agora tinha a maior posse. Nesse cenário, o Colorado teve mais chances de ataque: Gabriel Carvalho somou duas boas jogadas que terminaram em finalização para fora. Borré também tentou e até desviou de cabeça por cima do gol, mas estava mais uma vez impedido.
A segunda etapa foi, vagarosamente, tornando-se um outro jogo. O Bahia baixou muito suas linhas, o que permitiu ainda mais avanços do Inter. As mudanças de Roger também surtiram efeito, mas o time seguia ineficiente na finalização. Aos 20 minutos, quem sabe o lance mais emblemático: Valencia é lançado, ganha do zagueiro no corpo e fica cara a cara com o goleiro. Valencia bate na saída de Marcos, mas manda pra fora.
O restante da partida foi marcada por uma volta ao equilíbrio, já que Rogério Ceni lançou mão dos bons atletas que compõem o elenco do Bahia. Atletas como Everton Ribeiro e a promessa Luciano Rodríguez mantinham a posse com o time da casa por mais tempo, dificultando os ataques do Inter. Mas aos 43 minutos Gustavo Prado limpou o marcador e bateu para o gol, o goleiro Marcos deu o rebote e Borré aproveitou para marcar sem problemas. Em uma boa jogada individual do garoto, juntamente com um erro do goleiro adversário, o Inter conquistou o merecido empate.