Ver a Libertadores da América pelo SBT é, no mínimo, inusitado. Porém, com a emissora comprando os direitos de transmissão que antes eram da Globo, o torcedor terá que se acostumar a esta novidade. Mas, ao mesmo tempo, a emissora de Silvio Santos também tem desafios a superar.
Primeiramente, é preciso conquistar a confiança de quem está do outro lado da tela. E, para isso, montar uma equipe qualificada, capaz de levar, ao mesmo tempo, informação e entretenimento aos telespectadores, é fundamental. Hoje, o SBT não possui um time de esportes, e o mesmo precisará ser fomado em tempo recorde.
Recentemente, a emissora passou pela experiência de transmitir a final do Campeonato Carioca. Precisou pegar “emprestado” o narrador Téo José da Fox Sports e chamar, de última hora, os ex-jogadores Carlos Alberto e Athirson para comentar. Isso, agora, não poderá acontecer. Para ter o carinho da audência, o SBT precisará apostar em nomes que passem confiança ao público, que gerem a certeza de se consumir um produto de qualificado. Gostando ou não, a Globo tem um padrão, e isso, a concorrente ainda precisará atingir – equiparar, provavelmente, sejá impossível.
Para finalizar, é preciso tratar a Libertadores não como se fez recentemente com o Estadual carioca. Ter em mãos os direitos de transmissão não é um troféu, mas sim uma responsabilidade. O SBT possui a grande oportunidade de mostrar que é possível fazer futebol no país sem depender da Globo. Nesta hora, antes de tripudiar, é necessário trabalhar. E muito. (90 Minutos)