Finalista do Campeonato Mato-grossense e, mesmo que não vença o Cuiabá no jogo de volta, marcado para a manhã do próximo domingo (16), na Arena Pantanal, onde precisa reverter a vantagem do Dourado – vencedor do primeiro jogo -, o Operário já tem muito o que comemorar neste primeiro semestre de 2021. Sem pensar no amanhã, o clube já comemora o fato de ter conquistado vagas para três competições importantes do calendário nacional: Série D do Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil. O ano já está lucrativo e, contra o Cuiabá, na finalíssima, o Chicote busca surpreender, sem nenhuma lástima passando por sua cabeça.

É dessa forma que pensam diretores e comissão técnica do Operário, em meio a um Estadual, onde já conquistou seus principais objetivos e diante da próxima temporada que promete muito pela frente. Sob os aplausos da torcida, a direção do Chicote, encabeçada por Felipe Mota já enxerga um horizonte de crescimento para a equipe que pretende deixar seus limites e avançar no cenário nacional. Assim, reforçar e preparar a equipe para o calendário corrido de 2022, especialmente a Série D, será o próximo objetivo. O propósito do clube é muito claro: tentar a ascensão para a Série C já no próximo ano.

Em entrevista ao Cuiabano News, o técnico Leocir Dall’Astra afirma que o principal objetivo do Operário este ano já foi alcançado, mas a equipe quer mais na final: “Quando cheguei aqui, a diretoria transmitiu à comissão técnica que a grande missão é de conseguir a classificação para a disputa da Copa do Brasil e Série D do próximo ano. Conseguimos alcançar esse objetivo que era o maior do clube. Chegamos a essa final, mas queremos algo mais. Vamos lutar muito para, no mínimo, levar o jogo para os pênaltis. Mesmo hoje com um grupo muito reduzido, devido ao fato de termos vários jogadores com lesão, fato que prejudica o nosso trabalho, acredito que temos condições de surpreender. Toda a responsabilidade é do Cuiabá por estar na Série A e pelo investimento financeiro realizado, mas o Operário é um time objetivo. Vai ser um grande jogo”.

Leocir Dall'Astra, técnico do Operário — Foto: Jonathas Gabetel

Leocir Dall’Astra, técnico do Operário — Foto: Jonathas Gabetel

Para 2022

Aprovado pela torcida e pela direção do clube, Dall’Astra sonha grande à frente do time, mas vai esperar passar a final para se reunir com os diretores do Chicote e discutir um planejamento. “Os dirigentes ainda não falaram conosco sobre um planejamento para o próximo ano. Nós sabemos que são dirigentes experientes e inteligentes que vão elaborar um projeto para 2022, para que o clube siga o mesmo caminho que o Cuiabá traçou. Aqui no clube temos pessoas inteligentes, capazes e com excelência para tomar essas decisões. Espero, para o bem do Operário, que possam tomar a melhor decisão. Se não seguir com nossa comissão técnica, que tragam profissionais capazes e que tenham o discernimento de que o Operário é grande e que, assim, trabalharão para que o clube continue crescendo”.

Surpreender na final

A missão já foi cumprida em 2021, mas a batalha pela glória não terminou. O Operário precisa de uma vitória nunca conquistada em sua história para levantar o título mato-grossense após um jejum de 19 anos. E a missão não é nada fácil, já que terá que superar o Cuiabá, após derrota por 2 a 1 na ida. Assim, terá que vencer por dois gols de diferença ou ao menos por um gol para forçar a decisão nas penalidades máximas. Algo que é considerado difícil, mas nada impossível para o Tricolor.

Em 18 jogos contra o time da capital, são 13 derrotas e outros cinco empates. A dificuldade aumenta considerando as baixas no elenco. O atacante Wellisson, vice-artilheiro da equipe com cinco gols, está fora por suspensão. O goleiro Elias e o lateral-direito Matheus Ferreira não participaram do treinamento na manhã desta quarta-feira para tratarem de lesões e são dúvidas. E, junto com os desfalques, o Operário sofreu outras baixas por questões contratuais. Cinco jogadores foram liberados e não fazem mais parte do elenco. Assim, a equipe realizou o treinamento desta terça-feira com 17 atletas, sendo apenas um goleiro, o reserva Gabriel Soares, que ainda não entrou em campo no Estadual.

Lucas Cardoso, atacante do Operário — Foto: Gil Gomes/Agência Alberich Press

Lucas Cardoso, atacante do Operário — Foto: Gil Gomes/Agência Alberich Press

Artilheiros de volta na final

Por outro lado, Dall’Astra conta com o retorno de artilheiros para a finalíssima. O meia-atacante Lucas Cardoso e o centroavante Luan Viana estão aptos para retornar ao time titular. A dupla está recuperada de lesões e encontra-se com 100% de condição física. Eles ficaram de fora dos treinamentos antes da primeira final e entraram apenas no segundo tempo na derrota por 2 a 1 no último domingo.

Com isso, o meia Felipe Tchelé deve ser sacado do time titular para a entrada de Lucas Cardoso, enquanto o zagueiro Carlos Alberto dá lugar a Luan Viana. Desfalque certo é o atacante Wellisson, que recebeu o terceiro cartão amarelo no jogo de ida e cumpre suspensão automática. Lucas Cardoso é o artilheiro do estadual, com sete gols, mas não marca há mais de mês. Luan Viana balançou a rede pelo Operário quatro vezes.

Operário e Cuiabá se reencontram na Arena Pantanal para a decisão do Estadual 2021

O Operário encara o Cuiabá pela grande final do Mato-grossense no próximo domingo, às 9h, na Arena Pantanal. A equipe de Várzea Grande precisa vencer por um gol de diferença para forçar as penalidades ou por dois gols de diferença para voltar a conquistar o título estadual após 19 anos.