A seleção brasileira venceu o Peru de virada, por 4 a 2, pela segunda rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo, hoje (13), no estádio Nacional de Lima. Neymar, duas vezes em cobranças de pênalti e mais uma nos acréscimos do segundo tempo, e Richarlison, marcaram os gols da vitória que mantém o time dirigido por Tite com 100% de aproveitamento na caminhada para o Qatar.
Com os três gols marcados no Peru, Neymar chegou a 64 marcados pela seleção brasileira e ultrapassou Ronaldo na artilharia histórica com a Amarelinha. Agora há só Pelé pela frente. O próximo desafio da seleção brasileira não demora, será contra a Venezuela no dia 14 de novembro, no estádio do Morumbi. Três dias depois há mais uma rodada das Eliminatórias fora de casa, diante do Uruguai.
Preservado da estreia por causa de dores no tornozelo esquerdo, Richarlison ganhou a vaga de titular de Éverton Cebolinha e teve grande atuação em Lima. Escalado como ponta-direita, chamou atenção pelo espírito coletivo ao buscar a posse de bola no campo de defesa e foi quem melhor aproveitou as bolas longas no ataque.
Em uma, deu o cruzamento que resultou no pênalti do primeiro gol. Ele também fez o segundo ao completar lance de Roberto Firmino e gerou o contra-ataque do pênalti do terceiro gol. Atuação de gala
Peruano expulso no fim
Christofer Gonzáles e Farfán não mantiveram o nível de Carrillo de produção ofensiva do Peru, mas Zambrano foi o maior destaque negativo graças a uma cotovelada em Richarlison aos 43 minutos do segundo tempo que rendeu expulsão com uso da arbitragem de vídeo. Já do lado brasileiro, com liberdade de movimentação no meio-campo, Philippe Coutinho não chegou perto da atuação da esteia. Diante da marcação forte de Tapia e Aquino, o camisa 11 conseguiu se livrar poucas vezes e pareceu fora do tom do restante da seleção, sem ritmo e potência.
Christofer Gonzáles e Farfán não mantiveram o nível de Carrillo de produção ofensiva do Peru, mas Zambrano foi o maior destaque negativo graças a uma cotovelada em Richarlison aos 43 minutos do segundo tempo que rendeu expulsão com uso da arbitragem de vídeo. Já do lado brasileiro, com liberdade de movimentação no meio-campo, Philippe Coutinho não chegou perto da atuação da esteia. Diante da marcação forte de Tapia e Aquino, o camisa 11 conseguiu se livrar poucas vezes e pareceu fora do tom do restante da seleção, sem ritmo e potência.
Posse sem chute O Brasil teve 72% de posse de bola no primeiro tempo, mas só conseguiu finalizar quatro vezes. Média de posse acima dos 60% da seleção, média de chutes bem inferior aos 16 dos compromissos anteriores. Esse dado ajuda a resumir uma atuação que não foi ruim, nem boa. Os melhores espaços foram encontrados pelos pontas, Richarlison e Renan Lodi, mas Firmino perdeu duas chances e o volume de jogo ofensivo parou na boa marcação do Peru. Na etapa complementar, Everton Ribeiro e Cebolinha ajudaram na virada mesmo com a queda de rendimento.
Reações rápidas dão o tom
A seleção peruana abriu o placar logo aos cinco minutos de bola rolando, em uma trapalhada da defesa do Brasil. Firmino perdeu a posse de bola em disputa no meio e depois de um bate-rebate em que Marquinhos não conseguiu afastar o perigo Carrillo apareceu para fazer um golaço. A partir de então, os donos da casa deixaram a bola com o Brasil, apertaram a marcação com pressão na bola e apostaram no contra-ataque. Não deu certo.
A seleção brasileira rapidamente achou o caminho. Tentou duas jogadas construídas pelo chão passando pelo pé de Neymar e duas bolas longas nas costas de Trauco. Em uma delas, Richarlison conseguiu o cruzamento para a área, onde Coutinho desviou, Neymar brigou e Zambrano cometeu pênalti. Na cobrança aos 27, o empate esperado diante do volume de jogo no cantinho direito de Gallese pelos pés do camisa 10.
O Peru voltou a ficar em vantagem aos 13 minutos do segundo tempo, quando Rodrigo Caio afastou de cabeça um lateral cobrado na área, mas desviou o chute de Renato Tapia no rebote e enganou Weverton. Desta vez o Brasil reagiu mais rápido, quando Neymar cobrou escanteio pela esquerda, Firmino cabeceou e Richarlison empurrou em cima da linha. Richarlison, também, foi quem gerou o contra-ataque do terceiro gol ao lançar Cebolinha em velocidade. O ex-gremista tocou para Neymar, que sofreu pênalti e converteu aos 37.
O quarto gol da seleção saiu já nos acréscimos, aos 48 minutos do segundo tempo. Éverton Cebolinha recebeu de Everton Ribeiro na meia direita, fez a devolução em profundidade e o meia finalizou. Gallese defendeu com o pé e a bola bateu na trave direita. No rebote, Neymar empurrou para o fundo do gol e marcou o seu hat-trick.
Pelé é o próximo
Neymar superou Ronaldo na segunda posição da artilharia histórica da seleção brasileira. Ele chegou a 64 marcados em jogos oficiais, um a mais que o Fenômeno fez ao longo da carreira pelo Brasil. Agora, a expectativa é para ver se Neymar conseguirá encostar em Pelé. O Rei do Futebol soma 77 gols em partidas oficiais e é o maior goleador da história da seleção masculina. (Uol Esporte)