Um levantamento feito pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica e Estética (ISAPS) apontou que o Brasil ainda lidera o ranking mundial de cirurgias plásticas, com mais de 11,3 milhões procedimentos realizados.

E mesmo com a onda do explante em que mulheres estão retirando a prótese em busca de uma beleza mais natural, a colocação de prótese de silicone é a cirurgia mais procurada, seguida pela lipoaspiração, cirurgia das pálpebras, abdominoplastia e rinoplastia.

No caso da cirurgia de implante mamário, as mulheres chegam ao consultório por ter uma mama que para elas é pequena, seios assimétricos ou por perda de volume por conta da amamentação, reconstrução da mama em caso de câncer e pela flacidez.

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O implante mamário contribui para a autoestima, autoconfiança e ainda a feminilidade da mulher. Parece um apelo para a ditadura da beleza, mas muitas pessoas não avaliam o impacto que a colocação de prótese de silicone pode causar na vida de uma mulher.

Mas é necessário que seja feita com um cirurgião plástico com registro na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Assim como toda a cirurgia, a colocação de prótese de silicone também tem riscos. Portanto é fundamental que todos os exames pré-operatórios sejam feitos para se diminuir os riscos na hora da cirurgia.

Mesmo com todo o cuidado e a paciente obedecendo as recomendações do médico podem acontecer algumas complicações conforme a reação do organismo. Como:

Contratura capsular (a capa colágena que envolve a prótese, que o organismo produz, começa a se contrair e estrangular a prótese modificando seu formato por apertá-la);

Ruptura da prótese (é uma “quebra”do próprio material, do invólucro de silicone que envolve o gel interno, e ocorre dentro da própria cápsula de colágeno que o corpo produz envolvendo a prótese como um todo, ou seja, a ruptura geralmente fica isolada do restante da mama pela cápsula colágena);

“Cambalhota da prótese” (por movimentação diante de um aumento do espaço que envolve a prótese, geralmente amamentação, e flutuações no peso);

Seroma tardio (acúmulo de líquido que pode ser súbito, dentro da cápsula colágena que envolve a prótese, o que deve ser comunicado ao médico e investigado em suas causas, hoje o que temos que ter em mente é o ALCL).

Tudo deve ser observado e após a colocação ter acompanhamento do médico. Além de se fazer ultrassom de mama pelo menos uma vez ao ano para verificar se está tudo dentro da normalidade.

E hoje com a tecnologia não é mais necessário trocar a prótese a cada 10 anos. A recomendação é a troca em caso de ruptura, ou insatisfação com o tamanho ou explante.

Lembre-se toda a cirurgia tem risco. Só se submeta a uma se tiver certeza que realmente é isso que você quer.

 

*BENEDITO FIGUEIREDO JÚNIOR é cirurgião plástico na Angiodermoplastic.

CRM 4385 e RQE 1266.  

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