A colheita do milho da safra 2022/2023 em Mato Grosso atingiu 83,88% da área total. O avanço semanal foi de 15,65% até a última sexta-feira (21). As regiões mais adiantadas são: norte, médio-norte, nordeste com 95,51%, 93,46% e 86,59% colhido, respectivamente.

Já a média de rendimento ficou em 115,14 sacas por hectare nas áreas colhidas 14,39% maior do que na safra passada, o que ressalta as boas condições das lavouras, segundo as informações do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Para as próximas semanas é esperado uma redução na produtividade das áreas colhidas, algo que já comum de acordo com o histórico de Imea. Além disso, os produtores tem redobrado os cuidados para o risco de incêndio acidental, em decorrência das altas temperaturas e clima seco em todo o estado.

Dados do Projeto Rentabilidade referente ao custo de produção do milho de alta tecnologia para a próxima safra 2023/2024 aponta que o produtor terá que desembolsar R$ 3.391,82 por hectare plantado. A queda é de queda de 2,18%, quando comparado com o mês anterior.

Assim como na estimativa da produção de soja, a retração foi pautada pela diminuição no custo com fertilizantes e corretivos, que reduziram 4,30% em relação a maio deste ano.

Para que o produtor possa cobrir o custo operacional é necessário que comercialize o cereal a pelo menos R$ 41,02 a saca. Porém, considerando o preço médio comercializado em junho de R$ 31,50 a saca, as cotações não cobrem mais o custo para a temporada 23/24, o que “acende um alerta” dos produtores.

(ODOC)