Pouco mais de uma semana depois do adiamento das Olimpíadas de Tóquio para 2021, muitas perguntas ainda estão sem respostas. Nesta quinta-feira, o Comitê Olímpico Internacional (COI) tentou preencher algumas dessas lacunas em um entrevista coletiva para jornalistas de todo o mundo. No entanto, o COI no momento só tem uma certeza: a nova data dos Jogos, entre 23 de julho e 8 de agosto. A pandemia do coronavírus fez a “máquina da Olimpíada” parar e agora é preciso reconfigurá-la, replanejá-la.
– É muito bom ter uma data em tempos tão incertos em termos sanitários. Isso significa que temos algumas certezas e conseguimos seguir adiante. A Olimpíada é uma grande máquina pronta para funcionar. E a máquina quebrou. Por exemplo: a Vila Olímpica, 41 venues com contratos para serem utilizadas, quatro mil quartos de hotel reservados pela organização além dos outros relacionados aos Jogos… Então, nosso desafio é conseguir assegurar tudo isso dentro de algumas semanas. A força tarefa “Here We Go” envolvei todo mundo envolvido, pra garantir a realização dos Jogos. O compromisso de todos os stakeholders é fundamental para conseguir passar por isso. Todo mundo tem que contribuir e é isso que temos visto – disse Christpher Dubi, diretor executivo dos Jogos.
A força-tarefa “Here We Go” é a responsável por fazer o novo planejamento da Olimpíada em semanas. O momento é de renegociação de contratos e de alinhamentos de decisões com as federações internacionais de cada esporte olímpico.
A classificação dos atletas para Tóquio está sendo revista. O COI já garantiu que as vagas já definidas não vão ser realocadas. O atleta ou país que conquistou um posto nos Jogos não vai perder o direito de competir em 2021. A expectativa era de que 11 mil atletas, de pelo menos 204 países, disputassem os Jogos, distribuídos por 33 esportes.
– Os princípios de classificação estão mantidos. Cerca de 57% dos 11.300 atletas já garantiram suas vagas, e isso não muda. Os atletas que dependem de um ranking individual é que ainda vão continuar na busca de suas vagas – disse Kite McConnel, diretor esportivo do COI.
Outra prioridade olímpica é encontrar uma solução para a Vila dos Atletas. Alguns dos apartamentos já haviam sido vendidos, com previsão de entrega para depois das Paralimpíadas.
– A Vila Olimpica é parte da primeira prioridade. Muito importante reassegurar esse belo lugar para receber os atletas no ano que vem. Os apartementos vendidos da Vila Olímpica passarão por uma adaptação após os jogos. Ainda vamos saber quais partes da Vila estarão em manutenção durante o período olímpico pra adaptação. Mas é evidentemente uma situação especial porque não é um lugar comum. Ali ficarão os maiores atletas do planeta e isso estará em questão nas negociações com a empreiteira que vai precisar entrar lá no período de preparação para os Jogos pra fazer as alterações – disse Dubi. (Globo Esporte)