O presidenciável Ciro Gomes (PDT), ex-ministro e ex-governador do Ceará, foi às redes sociais para defender a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que institui o voto impresso no país. Ele marcou posição e deixou claro que o presidente Jair Bolsonaro não é “dono” da ideia, defendida perante o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na publicação, o político defendeu o posicionamento de Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, que também se manifestou favoravelmente à ideia.
“O que Lupi defendeu, teoricamente, não foi a substituição do voto eletrônico por voto em papel. Mas o aperfeiçoamento da urna, tornando-a capaz de gerar um canhoto impresso. Ou seja: as pessoas votariam em uma urna eletrônica semelhante à atual e seu voto também seria computado eletronicamente. Só que cada urna geraria e armazenaria um comprovante que seria retido por ela, de forma secreta e indevassável”, escreveu.
Ciro seguiu questionando: “Qual o problema em tornar um sistema, que já é bom, em um sistema melhor? Qual o problema de termos uma cópia de segurança impressa, palpável e acima de qualquer suspeita, para eventual checagem?”.
Vale lembrar que, atualmente, o voto auditável é uma pauta impulsionada pelo governo Bolsonaro. No entanto, na visão de Ciro Gomes, o esquerdista Leonel Brizola “sempre defendeu a cópia de segurança em papel.”
“É este tipo de pensamento derrotista que está fazendo Bolsonaro, entre outras coisas, se apropriar de símbolos pátrios – como nossa bandeira, nossas cores nacionais – e muitos aceitarem passivamente este sequestro”, afirmou.
“Defender o voto eletrônico com cópia impressa, nos moldes propostos por Lupi, é ser contra Bolsonaro e não a seu favor. Se implantado, mataria, por antecipação, sua tentativa de sabotar os resultados do pleito de 2022”, acrescentou.