O ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) agrediu um homem com um tapa no rosto após ter sido provocado durante um evento em Fortaleza (CE) neste domingo (3). O R7 acionou a assessoria de imprensa do político, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.

As imagens da agressão foram compartilhadas nas redes sociais. Um homem, não identificado, se aproxima de Ciro Gomes e o provoca. “Diz para nós como é que rouba a população sem ser preso”, questiona. “Quem deve saber isso é bandido, eu não sou, não”, respondeu o ex-governador cearense. Na sequência, o homem rebate: “Tu é [sic] bandido”.

Nesse momento, o ex-governador teria desferido um tapa no homem, mas o instante não foi capturado pelas imagens. Em seguida, o homem acusa Ciro de racismo. “Tu deu [sic] na minha cara, seu racista?”, pergunta. “Dei na cara mesmo. Bandido é você”, responde o pedetista. “Vamos chamar a PM para ele para saber quem é bandido”, acrescenta o homem agredido.

A reportagem acionou o ex-governador, porém não teve retorno. Nas redes sociais, Gomes fez publicações, mas que não se referem ao episódio de agressão. O espaço está aberto para manifestação.

Nascido em Pindamonhangaba (SP), Ciro Gomes estudou e iniciou a vida política no Ceará, enquanto cursava a faculdade de direito na Universidade Federal do Ceará. O pai, José Euclides Ferreira Gomes Jr., foi quem o inscreveu para disputar a primeira eleição da vida: como deputado estadual, em 1982, pelo então PDS (Partido Democrático Social).

Foi eleito prefeito da capital cearense em 1988 pelo PMDB. Dois anos depois, elegeu-se, com 56% dos votos, governador do estado pelo PSDB. Deixou o governo em setembro de 1994, com 74% de aprovação popular, após ter sido convidado pelo então presidente Itamar Franco para assumir o Ministério da Fazenda.

Ciro saiu do PSDB em 1996. Migrou para o PPS e concorreu pela primeira vez à Presidência da República nas eleições de 1998. Voltou a disputá-la em 2002. Em janeiro de 2003, Ciro Gomes assumiu o Ministério da Integração Nacional. O político deixou a pasta em 2006, o mesmo ano em que se elegeu deputado federal pelo Ceará.

Filiado ao PDT desde 2015, depois de ter passado por PSB e PROS, foi oficializado candidato novamente. Ele voltou a concorrer ao Palácio do Planalto nas últimas eleições, em 2022, mas perdeu.

(R7)