Cinco homens invadiram a autoescola Satélite e mantiveram pelo menos 30 alunos e um professor reféns. Durante o assalto ocorrido na noite desta segunda-feira (20), as vítimas eram ameaçadas de morte a todo o momento. O estabelecimento está localizado na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá.
Umas das alunas, que não quis se identificar relatou ao HNT/Hipernotícias que o local foi invadido por volta das 19h30. Um dos suspeitos que estava armado rendeu o segurança da autoescola e subiu até o segundo andar onde são realizadas as aulas teóricas.
Neste momento, ele anunciou o assalto e pediu para que todos os alunos colocassem celulares e carteiras sob a mesa. O suspeito ainda afirmou que havia mais quatro comparsas no assalto. Outros integrantes entraram na sala e começaram a recolher os pertences.
“Eles fizeram o terror, bateram na cara de um funcionário. Ameaçou a todo o momento que iria matar os alunos. Eles faziam ligação para falar com outros caras. Um dos suspeitos passava entre os alunos e recolheu carteira e dinheiro, no entanto levou os celulares somente dos meninos”, disse a vitima.
“Durante o assalto, um dos homens afirmou que mataria um dos alunos porque estava com rosto exposto.” “Ele disse: já que todo mundo viu minha a cara vou ter que matar alguém para calar a boca e não falar nada [supostamente para a polícia]”, relatou.
Em certo momento, o rapaz pediu um capacete emprestado para uma das alunas, mandou o professor ajoelhar “Vamos ver se bala atravessa capacete”, disse o homem. “Eu olhei e vi o professor ajoelhado com as mãos para cima. Nessa hora jurei que fosse matar o professor”, comentou.
Todos os reféns sofreram pressão psicológica pelo suspeito “ele mandava todos os alunos abaixarem a cabeça e quem olhasse ameaçava atirar” ele chamou alguns das vitimas para ir à frente, fazia ficar de joelho, com a arma ameaça atira e mandava voltar para cadeira”, comenta a vitima.
A estudante informa que todos viveram momento de terror e pânico. Ele fez uma ligação de vídeo para uma das pessoas que estavam do lado de fora para ver quantos haviam rendido. E depois eles foram embora. “Algumas alunas ficaram chorando, enquanto outras orando”, contou.
Assim que os bandidos deixaram a autoescola, a Polícia Militar foi acionada.