Nos últimos meses, pesquisadores do mundo inteiro vem divulgando os resultados de estudos sobre transplantes — do coração de porco ao fígado que sobreviveu dias fora do corpo, o objetivo principal é diminuir a fila de transplantes e facilitar o complicado procedimento.
Em mais uma descoberta inédita, cientistas americanos afirmaram, nesta quinta (2/6), ter conseguido imprimir, em impressora 3D, uma orelha e implantá-la em uma paciente de 20 anos que nasceu com uma má-formação nas orelhas. É a primeira vez que o procedimento é feito com tecido vivo e funciona, o que pode abrir caminho para transplante de outras partes do corpo, como rótulas e discos espinhais, até órgãos mais complexos, como fígado e pulmões.
A empresa 3DBio Therapeutics, responsável pelo estudo, não divulgou exatamente como é a tecnologia usada, mas pretende publicá-la em revista científica em breve. O que se sabe é que a orelha foi feita com base no pavilhão auricular do outro lado da paciente, com células colhidas da própria mulher — a ideia, aqui, era diminuir o risco de rejeição.
A empresa usa uma espécie de “tinta” biológica de colágeno misturada com as células da paciente e imprime, camada por camada, assim como seria feito com um produto de plástico. A orelha continuará regenerando o tecido de cartilagem, e deve parecer mais natural com o tempo.