Faltando três dias para o fim das Olimpíadas de Tóquio, ainda há uma grande incógnita sobre qual país vai sair vitorioso no quadro de medalhas. China está na frente com 34 ouros, contra 29 dos EUA, mas a tendência é que os americanos conquistem mais ouros que os asiáticos nesta reta final dos Jogos. A previsão feita pelo blog com as novas diretrizes de cada prova (diferente da previsão inicial, feita há um mês) coloca os dois países empatados com 38 títulos ao final do evento, o que daria uma vantagem para os americanos, que estão com mais pratas.
A disputa medalha a medalha é a mais acirrada dos últimos anos, e pode encerrar uma sequência de duas lideranças seguidas para os americanos. Os EUA, aliás, ficaram em primeiro lugar em cinco das últimas seis edições dos Jogos, perdendo apenas em Pequim 2008, exatamente para os anfitriões.
A tendência lá no começo das Olimpíadas, seria uma liderança relativamente tranquila dos americanos. Mas, o tripé histórico de títulos – atletismo, natação e ginástica – está bem abaixo do esperado. A ginástica artística terminou com apenas um ouro, quando era previsto pelo menos cinco. A natação americana liderou o quadro de pódios, mas com apenas 11 ouros, cinco a menos que em 2016. O atletismo ainda não deslanchou, está com apenas cinco ouros, mas pode até dobrar esse número nos próximos dias. O problema é que a expectativa era de pelo menos 15 títulos.
Fan Zhendong e Ma Long, prata e ouro para a China no tênis de mesa — Foto: Luisa Gonzalez / Reuters
Já a China, apesar de alguns tropeços, manteve sua força no levantamento de peso, saltos ornamentais e tênis de mesa, e se destacou mais que o esperado no tiro esportivo e na própria ginástica.
Analisando as chances de medalha dos EUA, são maiores do que as da China nos últimos dias de competições. Nos esportes coletivos, o país é favorito ao título no basquete(masculino e feminino), polo aquático (feminino), além de ter boas chances no vôlei, beisebol e vôlei de praia.
O atletismo americano, que está abaixo do esperado, deve levar pelo menos mais quatro ouros. As chances são reais nos dois revezamentos 4x400m (masculino e feminino), na prova individual dos 400m feminino e nos 1500m masculino. Além disso, pode pintar um título no lançamento de dardo feminino e 5000m. Ainda há possibilidades no boxe (uma semi e uma final), wrestling, além de boas perspetivas no hipismo saltos e golfe.
Já a China tem dois ouros muito prováveis, um nos saltos ornamentais e outro no tênis de mesa. No atletismo, são duas grandes chances: 4x100m masculino e marcha atlética feminina. Boxe feminino e canoagem estão entre os candidatos ao título.
Assim, a projeção é que os chineses ganhem quatro ouros e, dessa forma, também ficariam com 38. E os EUA tem a previsão de mais nove títulos, também chegando a 38. A decisão, neste caso, seria nas pratas, neste caso com vantagem para os EUA. Cada ouro é importante e pode ser decisivo na liderança do quadro. (Globo Esporte)