O presidente da Câmara de Cuiabá, Chico 2000 (PL), intermediou uma reunião do grupo de moradores de Várzea Grande, do movimento “Diga Não à Graxaria na Alameda”, que protestam contra a implantação de uma graxaria de um frigorífico instalado no bairro Alameda, em Várzea Grande, com o presidente do Poder Legislativo daquela cidade. O encontro deve ser realizado na quarta-feira (13), a partir das 14 horas, na Câmara de Várzea Grande.

Mesmo sendo em outra cidade, o odor fétido causado pelo processamento dos restos de animais, pode atingir raio de 20 km, incomodando também a população cuiabana.

A líder do movimento Cristina Souza da Silva e o presidente do bairro Alto do Bela Vista, Paulo Henrique da Silva, usaram a tribuna da Câmara de Cuiabá para expor o problema. Eles foram até o parlamento cuiabano a convite do vereador Luis Cláudio (PP).

“Nós legislamos para Cuiabá e eles estão aqui nos trazendo um problema cuja sua iniciativa se dá em Várzea Grande. Mas nós, por respeito, ouvimos, tomamos conhecimento das suas reivindicações, organizamos um encontro deles com o presidente da Câmara de Várzea Grande e, mesmo assim, nós estaremos encaminhando as reivindicações que eles protocolaram nessa casa, e vamos enviar ao Ministério Público. Eu não tenho dúvida de que nós estaremos ajudando, não de forma legislativa, porque esta competência é de Várzea Grande, mas de forma política em respeito a eles e a todos que eles representam”, explicou Chico 2000.

Cristina agradeceu ao vereador Luis Cláudio pelo espaço para expor o problema e também pelos encaminhamentos tomados pelo vereador Chico 2000.

“A gente sai daqui honrado, se sentindo valorizado como cidadão, como pessoas de que luta pelos seus direitos. Faz valer que nossa luta não é em vão, que a partir de agora a gente começa realmente a entrar nesse rumo ao êxodo da nossa petição, que é a mudança da graxaria. Eu tenho certeza que esse apoio, mesmo ele sendo institucional, ele vai nos dar esse corpo que a gente precisa, essa abertura, essa voz que a gente sempre está pedindo, a voz pela população de Várzea Grande. A gente estava se sentindo órfão, e hoje não mais. Mesmo que sendo abraçado pela Câmara de Vereadores de Cuiabá, a gente se sente abraçado, acolhido e respeitado”.

Ela destacou que os moradores se sentem agredidos com mau cheiro. A graxaria na Alameda ficou inativa por 10 anos e foi reativada em maio de 2023, quando nasceu o movimento. Outros moradores dos bairros da Manga, Construmat, Cristo Rei, dentre outros começaram a protestar e pedir para que a empresa coloque a graxaria em uma região mais isolada e não incomode as pessoas.

“Somos acordados com mau cheiro, meus filhos não conseguem comer. A cidade cresceu, tem muitos imóveis, hospital, universidade e o retorno da graxaria traz muito prejuízo”.

O vereador Luis Cláudio agradeceu aos irmãos por expor o problema e lembrou que já morou no bairro Jardim Vista Alegre, em Várzea Grande, e sabe como é conviver com esse mau cheiro.

“Lucro e capital não podem sobrepor a qualidade de vida do ser humano. Temos que dar a voz a esses moradores e exigir que a Assembleia tome providencias sobre a licenças dessa empresa e cesse. Não é para interromper a atividade econômica, mas levar para outro canto da cidade e o mau cheio não afete os seres humanos que vivem lá, e nem os moradores de Cuiabá, no Praeiro e Praeirinho”.