Chefes de Estado aprovaram nesta segunda-feira a declaração final com consenso no G20, cúpula das principais economias do mundo que se reúnem no Rio de Janeiro. Presidente da Argentina, Javier Milei pediu a palavra e disse que não iria impedir o consenso, mas ressalvas ficaram fora de texto final.
Apesar de informar que não iria impedir o consenso, o time de Javier Milei ainda colocava restrições quanto a temas como a Agenda 2030 da ONU e regulamentação das redes sociais.
O movimento argentino “destrava” o consenso, que estava sob risco com a postura da Casa Rosada nos últimos dias. A forma como esse apoio se dará, no entanto, faz diferença para o resultado da Cúpula.
Por isso, o intuito é negociar com os argentinos que essas objeções sejam externadas por Milei no momento da aprovação do texto, com uma fala do mandatário, e não constem do documento final.
Essa modelagem foi usada na reunião dos ministros de Cultura do G20 no início do mês. A Argentina se opôs a questões sobre igualdade de gênero e, por isso, decidiu enfatizar que não apoiava por completo a redação final. Na prática, porém, o documento foi aprovado por consenso.
(Renata Agostini)