Com a alta dos insumos e consequentemente no custo de produção da suinocultura, a Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) vai lançar nas próximas semanas a primeira Central de Negócios para suinocultores no Estado. O objetivo é representar, defender e incentivar o desenvolvimento das atividades econômicas na cadeia da suinocultura em Mato Grosso, além de melhorar a competitividade e a rentabilidade dos associados.
A Central de Negócios é um projeto discutido na diretoria da Acrismat há algum tempo, e que agora, após a atividade passar por uma de suas piores crises da história, ganhou força e sairá do papel.
“Passamos por uma crise sem precedentes, com suinocultores amargando prejuízos de até R$ 300 por animal vendido, alta nos preços do milho e do farelo de soja e desvalorização da carne suína no mercado formou uma tempestade perfeita que atingiu produtores de todo o país. A Central de Negócios surge para diminuir os custos dos insumos, por exemplo, e possibilitar a realização de compras coletivas, dando maior poder de negociação aos associados na hora de fechar negócio com os fornecedores”, explicou o presidente da Acrismat, Itamar Canossa.
Ele, que também é suinocultor em Sorriso, revela que a estrutura do projeto já está em processo adiantado de implantação. “Já estamos nos organizando para apresentar o modelo aos suinocultores e reuniões para isso devem ocorrer nas próximas semanas. O projeto já está bem estruturado e faltam apenas ajustes burocráticos”, completou Canossa.
Para o consultor executivo responsável pela criação da Central de Negócios, Ivan Paghi, a modalidade serve para reunir forças entre os produtores de suínos e facilitar o acesso a novos mercados. “A Central visa unir os produtores, trazendo benefícios, através das ações coletivas e soluções conjuntas, com foco no mercado em que atuam. As necessidades dos associados de forma individual são transformadas em coletivas, ganhando assim a força da escala. São os associados que direcionam o que precisam e o que querem fazer, sempre de forma coletiva”, afirma.
Na Central de Negócios será possível adquirir produtos como insumos agrícolas, veterinários, rações, matrizes e equipamentos, além de facilitar a prestação de serviços de terceiros, cursos e treinamentos. “Começaremos com compra de materiais simples, em pouca quantidade e, conforme as demandas forem surgindo iremos aumentar o portfólio de produtos”, pontua Canossa.