A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) entrou para valer na briga entre 11 clubes participantes da Série A do Campeonato Brasileiro e a Sport Promotion. A entidade enviou um documento a todos os clubes, mas com um foco específico naqueles que romperam o contrato, válido até o fim de 2023, com a empresa para comercializar placas de publicidade com uma concorrente, a Brax, fusão de outros três estabelecimentos. São estes os clubes: América-MG, Atlético-GO, Atlético, Avaí, Ceará, Coritiba, Cuiabá, Fortaleza, Fluminense, Goiás e Juventude.

Essas empresas exercem a compra diretamente dos clubes com mando de campo os espaços nas placas em volta do gramado e os revendem a patrocinadores. A disputa comercial, até então, ainda não havia chegado à Justiça.

O ofício, assinado por Luiz Felipe Santoro e Regina Sampaio, diretor jurídico e gerente jurídica da CBF, respectivamente, foi enviado aos 20 clubes ainda no domingo (10), após a realização dos três primeiros jogos do  campeonato, sendo um deles já com as placas da Brax (Atlético-GO 1×1 Flamengo). No documento, a entidade afirma que a exploração deste tipo de patrocínio é de exclusividade dela.

A CBF também informou que, caso seja autuada pelo descumprimento, por partes dos clubes, da decisão judicial que determina a vigência do contrato com a Sport Promotion, as próprias associações serão responsabilizadas. As punições abrangem multa e perda de pontos no campeonato. O regulamento, vale lembrar, estipula quais propriedades de arena podem ser exploradas comercialmente.

Apesar do discurso em tom de ameaça, a entidade espera conversar de maneira pacífica para chegar a um acordo. Mesmo com o documento em mãos na primeira rodada do Brasileiro, os clubes que assinaram com a Brax mantiveram a postura e promoveram marcas que haviam sido fechadas com a agência. As exceções ficaram por conta de Fluminense e Fortaleza, que haviam desfeito acordo com a Sport Promotion, mas acataram a decisão judicial e permaneceram com as placas da antiga parceira. (Jogada 10)