A CBF vai lançar até o final deste mês a quarta versão do Guia Médico de Sugestões Protetivas contra Covid-19. A maior novidade é que a partir de 1º de julho não haverá mais exigência de realização de testes de Covid-19 para as partidas de campeonatos nacionais. A CBF vai transferir para cada clube a realização de testes, para autocontrole, mas com obrigação de comunicar à entidade nacional do futebol por todo novo caso de Covid-19 em seu elenco.
O primeiro guia da CBF é de junho de 2020, com duas atualizações posteriores – em maio de 2021 e janeiro de 2022. Na última versão, a CBF exigia o comprovante de vacinação contra a Covid-19 à Comissão Médica da CBF e ainda a realização de testes para a temporada 2022.
A exigência de vacina continua, mas a CBF quer mais informações de clubes, que agora têm até o dia 30 de junho – final deste mês – para informar quantos atletas têm a terceira dose da vacinação. Somente estão aptos para jogar aqueles atletas que têm até a segunda dose da vacinação ou dose única, a depender da marca da vacina.
O presidente da Comissão Médica da CBF, Jorge Pagura, reuniu o comitê para discutir e anunciar as novas medidas nos últimos dias e classificou as mudanças como “flexibilização controlada” diante dos estudos e do cenário da pandemia no país. A CBF se baseia na queda de casos de internação moderada ou grave de 10% a 20% para 0,1% por indivíduo a cada mil pessoas.
As novas regras também levam em conta, claro, a eficácia da vacina em controle de casos. Apesar de ainda não vetar jogadores sem a terceira dose, o novo guia vai seguir com “recomendação enorme” para a terceira dose. A CBF ainda estuda se na redação do novo guia pode exigir a realização de testes em jogadores sem a terceira dose – a dose de reforço, o que seria a vacinação completa na idade média de jogadores de futebol. Porém, mesmo que decida por testes obrigatórios nestes casos, a responsabilidade e o custo dos testes será de cada clube.
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Em apresentação do ano passado, Jorge Pagura apresenta relatório da CBF sobre a pandemia — Foto: Reprodução
Na reunião, que contou com quase 80 médicos de clubes de todas as divisões do futebol brasileiro, Pagura passou aos profissionais dos clubes que a transferência de responsabilidade de testes e comunicação de casos será monitorada pela CBF.
A realização do questionário epidemiológico, que fazia parte do protocolo de Covid-19 criado pela CBF, também passa, a partir de 1º de julho, para as mãos dos clubes – a Comissão Médica da CBF recomenda o prosseguimento da pesquisa com atletas para maior controle de possíveis sintomas e para nortear a realização de testes. (GE)