A CBF adiou a definição sobre quem será o técnico “tampão” da seleção brasileira até o meio de 2024. O presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, chegou a dar o dia 30 de junho como prazo final para resolver a questão, mas precisará de mais tempo.

Nessa sexta-feira, data em que Ednaldo planejava fazer um anúncio, o cartola irá receber uma comitiva da Fifa para tratar de investimentos no Brasil. Depois, ele terá uma reunião com outros dirigentes da CBF e seguirá para Brasília, onde cumprirá agenda política e também assistirá o amistoso da seleção feminina contra o Chile.

Ednaldo ficará na capital federal até segunda-feira, quando assinará acordo de cooperação técnica entre a CBF e o Ministério da Justiça, que prevê a implementação de políticas de segurança pública nos estádio. Só depois o dirigente planeja bater o martelo sobre o técnico do Brasil nos seis jogos das Eliminatórias desse ano, nos amistosos de março de 2024 e até possivelmente na Copa América de 2024.

A CBF dá como certa a contratação de Carlo Ancelotti, italiano que tem contrato com o Real Madrid até junho do ano que vem, mas precisa definir quem será o treinador do Brasil até a chegada dele.

Ramon Menezes, que dirigiu a Seleção nas duas datas Fifa deste ano, virou uma incógnita. Com duas derrotas em três amistosos (perdeu para Marrocos e Senegal e venceu Guiné), o técnico passou a ser alvo de contestações e se tornou uma escolha mais difícil para a CBF bancar.

Além dos resultados ruins com a seleção principal, Ramon foi eliminado por Israel nas quartas de final do Mundial Sub-20, no início do mês. Antes, em fevereiro, ele conquistou o Sul-Americano da categoria.

A demissão dele, porém, está fora de cogitação. Se não assumir a seleção principal, Ramon voltará para a equipe sub-20 e tem boas chances de estar à frente do projeto olímpico.

Ednaldo Rodrigues não quer contratar nenhum treinador que esteja empregado no Brasil, para não atrapalhar o clube dele.

Jorge Jesus, desempregado desde que deixou o Fenerbahçe, há mais de duas semanas, foi um nome que entrou na pauta, mas o português sofre muita resistência na cúpula da CBF. Além disso, ele não tem o perfil de quem aceitaria ser interino por apenas um ano.

Embora confie num acordo verbal com Ancelotti, a confederação brasileira ainda precisa acertar questões financeiras e também de trabalho com o comandante do Real Madrid.

A próxima convocação da Seleção será realizada no fim de agosto, para as duas primeiras rodadas das Eliminatórias. O Brasil estreia na competição em setembro, contra a Bolívia, em casa, e depois enfrenta o Peru, fora. (GE)