Cuiabá está entre as 20 capitais que apresentaram sinais de crescimento de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças e adolescentes, segundo os dados do último Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgados nesta semana.
Após o alerta, o Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Mato Grosso (Sindessmat) realizou um levantamento que apontou o crescimento de até 300% na procura por atendimento para crianças no Pronto Atendimento de hospitais particulares de Cuiabá.
Mas, apesar da alta, os hospitais ainda têm capacidade para abertura de novos leitos e reforço no atendimento, caso se cumpra a previsão de crescimento da Fiocruz.
Esse aumento na procura por atendimento é, em sua maioria, devido a crianças com síndromes gripais e doenças respiratórias. O levantamento aponta ainda que estão sendo notificados casos de variantes de vírus prevalentes, como a Influenza, a COVID-19 e o Rinovírus, que causam sintomas gripais em crianças e também em idosos.
A orientação é para que sejam mantidos os cuidados diários, como a limpeza das mãos, evitar o contato com pessoas com sintomas gripais, assim como o uso de máscara para pessoas com sintomas e, assim que possível, tomar a vacina da gripe.
Além de Cuiabá, Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Maceió (AL), Manaus (AM), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), São Paulo (SP) e Vitória (ES) fazem parte do grupo de capitais que apresentam sinais de crescimento de SRAG nas próximas semanas.
“Nos últimos quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de 2,8% para Influenza A, 3,0% para Influenza B, 26,8% para vírus sincicial respiratório e 49,7% para SARS-CoV-2 (COVID-19). Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de 3,9% para Influenza A, 3,1% para Influenza B, 0,8% para vírus sincicial respiratório e 91,4% para SARS-CoV-2 (COVID-19)”, diz um trecho do relatório. (Estadão de MT)