Conhecida como o câncer das células brancas do sangue, a leucemia se manifesta a partir da medula óssea e possui origem incerta. A doença atinge diretamente os leucócitos, que são os glóbulos brancos responsáveis pela defesa do organismo. Dividida em dois grupos, tem o transplante de medula óssea como uma das modalidades de tratamento. No mês de fevereiro, a divulgação de informações sobre a leucemia é reforçada por meio da campanha que recebe o laço da cor laranja.
Conforme estimativa do Instituto nacional do Câncer (Inca), cerca de 10 mil novos casos devem ser registrados este ano. “O transplante de medula é indicado para leucemias agudas e de risco intermediário a alto”, explica a hematologista da Oncomed-MT, Gabriela Matias. “Um dos grandes desafios é encontrar um doador de medula que seja compatível”. A médica observa que, além do transplante, o tratamento pode contar com outras opções. “É possível utilizar quimioterapia ou associar diferentes tratamentos. Tudo vai depender do tipo de leucemia e sua classificação de risco”. A leucemia pode ser classificada como “aguda” ou “crônica”. Na forma aguda, a doença avança de forma mais rápida. O tipo crônico costuma progredir lentamente.
Apesar de ser uma doença silenciosa, a médica ressalta alguns sinais podem ser observados. “A diminuição dos glóbulos vermelhos ocasiona anemia, que por consequência causa sintomas que incluem fadiga, falta de ar, palpitação, dor de cabeça, entre outros. Há também a redução dos glóbulos brancos, que provoca baixa da imunidade, deixando o organismo mais sujeito a infecções. Outro sinal de alerta são os sangramentos, ocasionados pela diminuição das plaquetas, que podem aparecer nas gengivas, nariz ou em manchas roxas na pele.”
Tipos – Além da divisão entre crônica e aguda, existem mais de 12 classificações de leucemia, que podem ser agrupadas baseando-se nos tipos de glóbulos brancos que elas afetam: linfoides ou mieloides. As quatro principais são a leucemia mieloide aguda (LMA), que ocorre tanto em adultos como em crianças, a leucemia mieloide crônica (LMC), que acomete principalmente adultos e evolui de forma lenta, linfocítica aguda (LLA), tipo mais comum em crianças pequenas e a leucemia linfocítica crônica (CLL), que afeta pessoas com idade acima dos 55 anos.
Para saber mais – O site da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (www.abrale.org.br) concentra importantes informações sobre câncer e doenças do sangue. A entidade é uma organização sem fins lucrativos, de abrangência nacional, criada em 2002 por pacientes e familiares.
Sobre a Oncomed – Situada em Cuiabá (MT), a clínica especializada no tratamento multidisciplinar do câncer iniciou suas atividades em 1996. Hoje conta com sede ampla, de fácil acesso e fortemente estruturada, dispondo de consultórios, ala de quimioterapia com farmácia e unidade de radioterapia. O corpo clínico é formado por oncologistas clínicos, cirurgiões oncológicos, radioterapeutas, hematologistas, mastologistas, urologistas e profissionais especializados em cuidados paliativos. Saiba mais em www.oncomedmt.com.br.