Apesar da determinação do juiz federal Rodrigo Gasiglia de Souza para que as estradas em Mato Grosso fossem liberadas, manifestantes continuam impedindo a passagem de veículos de carga em dois trechos de rodovias nesta sexta-feira (10). Os bloqueios ocorrem no km 0 da BR-158, no município de Confresa, e no km 1.036 da BR-163, próximo a Matupá.
A informação foi confirmada pela Polícia Rodoviária Federal, que está monitorando a situação nestes pontos e negociando com os caminhoneiros para garantir a fluidez no trânsito.
Conforme a PRF, também há manifestações em outros 12 pontos de rodovias federais, em municípios diferentes. No entanto, não há bloqueio nesses locais. Há apenas manifestações às margens da pista.
VEJA A LISTA DE PONTOS DE MANIFESTAÇÃO:
BR-158:
⛔ KM 565 Água Boa
BR-174:
⛔ KM 288 – Pontes e Lacerda –
BR-070:
⛔KM 005 – Barra do Garças
⛔KM 272 e 282 – Primavera do Leste
⛔KM 376 e 383 – Campo Verde
⛔KM 517 – Imigrantes, Várzea Grande
BR-163:
⛔KM 687 – Lucas do Rio Verde
⛔KM 821 – Alto da Glória – Sinop
⛔KM 593 e 601 – Nova Mutum
⛔KM 745 – Sorriso
⛔KM 1055 – Guarantã do Norte
BR 364:
⛔KM 396 – Cuiabá
ORDEM JUDICIAL
No final da manhã desta quinta (9), a Justiça Federal deu 10 horas para que a PRF providenciasse o desbloqueio de todos os trechos com manifestações em Mato Grosso. A decisão atendeu a um pedido feito pela concessionária Rota do Oeste, que buscava garantir a fluidez do trânsito e minimizar os riscos de acidente nas rodovias.
Os caminhoneiros chegaram a recuar dos bloqueios e, no final da tarde, restava apenas um ponto com restrição de tráfego.
PAUTAS DA MANIFESTAÇÃO
No início da semana, lideranças desses profissionais informaram ao Jornal Estadão Mato Grosso que os motoristas poderiam alongar a paralisação caso suas demandas não fossem atendidas.
Porém, dessa vez o grupo não busca redução de preço dos combustíveis ou o reajuste da tabela de frete. As pautas do momento são as defendidas pelo movimento de 7 de setembro: impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o voto impresso.
Na tarde desta quarta-feira (8), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) enviou áudio aos caminhoneiros pedindo para que os manifestos sejam encerrados, pois, atrapalham a economia do país e trazem risco de nova alta nos preços de itens básicos. Essa ‘determinação’ foi acatada apenas por parte dos profissionais.