A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira, a instalação da CPI da Manipulação de Resultados no futebol. A leitura do termo de criação da comissão foi feita durante a sessão deliberativa do Plenário, pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP/AL). Agora, a comissão aguarda a indicação de membros pelas lideranças partidárias para dar início aos trabalhos, o que deve ocorrer na próxima semana.
A criação da CPI vem na esteira das investigações do Ministério Público de Goiás, que apura que partidas da Série A do Brasileirão e de Campeonatos Estaduais, realizadas no ano passado, foram alvo de aliciamento de jogadores para receber propositadamente cartões amarelo e vermelho. A Operação Penalidade Máxima teve início ainda em 2022, quando o volante Romário, então no Vila Nova-GO, aceitou uma oferta de R$ 150 mil para cometer um pênalti no jogo contra o Sport.
A CPI da Manipulação de Resultados do Futebol terá um total de 34 membros. As CPIs têm poderes de investigação semelhantes às das autoridades judiciais e podem convocar autoridades para audiências, requisitar documentos e quebrar sigilos, desde que as medidas sejam aprovadas pela maioria dos membros. A CPI é considerada temporária e tem a duração inicial de 120 dias, podendo ser prorrogada pela metade do tempo, mediante deliberação em Plenário, para a conclusão dos trabalhos.
O autor do requerimento para a criação da CPI foi o deputado Felipe Carreras (PSB/PE) e contou com mais de 200 assinaturas, número superior às 171, mínimo para que uma CPI seja instalada. Ele é conhecido pela relação com o esporte na Câmara e foi presidente da Comissão do Esporte na casa, além de ter sido o relator da comissão de modernização da Lei Pelé. (GE)