Sim!!! Crianças também podem ter cálculo renal e a dor é muito forte!

Nossos rins trabalham buscando o equilíbrio constantemente, eliminando tudo o que acumulamos em excesso e reabsorvendo os elementos necessários para nosso melhor funcionamento.

Sendo assim, temos mecanismos de proteção na urina que impedem a sua cristalização. Se ocorre a quebra desses mecanismos de proteção, haverá a formação de cálculo. Ou seja, uma dieta rica em sal ou cloreto de sódio, mais de 2g ao dia, como em fast food, pizzas, lanches, refrigerantes, industrializados, embutidos, enlatados etc., pouca ingestão de frutas, principalmente as cítricas, pouca ingestão de água livre, ou seja, crianças de 6 a 12 meses de idade devem tomar, em média, de 800 ml a 1 litro de água por dia. De 1 a 3 anos, o volume passa para 1,3 litros. E já dos 4 aos 8 anos, a orientação é que o consumo seja de 1,7 litros.

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Vale lembrar que a característica da água do Estado do Mato Grosso, em algumas regiões é calcária, predispondo a formação dos cálculos.

Outro alerta é que o excesso de leite na dieta infantil também pode ser o responsável pelas pedrinhas. A criança até 2 anos deve ter leite em sua dieta, no entanto, a quantidade recomendada para aqueles que não amamentam ao seio é 60ml nos primeiros dias progredindo, conforme a orientação do pediatra, até 220mL por mamadeira.

Com a introdução alimentar aos 6 meses, as mamadeiras são substituídas por refeições balanceadas e então, após os 12 meses de vida a recomendação diária é de apenas 02 copos. A partir dos 24 meses , a oferta de cálcio deve ser por legumes, verduras e frutas e não necessariamente pelo leite e derivados.

A presença de cálculo pode ser suspeitada quando a criança apresenta dor abdominal, principalmente nos flancos irradiando para a região genital, dor para urinar, urina com sangue, ou pode ser um achado ao realizar exames de imagens como tomografia e ultrassom.

A investigação da causa e o tratamento com médico especialista é de suma importância, visto o risco de perda do órgão por obstrução das vias urinárias.

*EMMANUELA BORTOLLETO SANTOS REIS  é medica Nefropediatra na Clínica GastroMT  e na Clínica  DaVita– CRM/ MT 6596 e RQE 300; 327 e Nefrointensivista pediátrica.

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