O Vasco podia entrar no G-4 da Série B neste domingo. Para isso, precisava vencer o líder Náutico em São Januário. Mas a equipe de Marcelo Cabo escapou da derrota nos minutos finais graças ao gol de Morato. Após a partida, o técnico Cruz-Maltino analisou o empate por 1 a 1 e lamentou os erros, principalmente no primeiro tempo.

– A gente entrou muito convicto em busca da vitória. Tomamos um gol de bola parada, não conseguimos entregar o jogo que pensávamos no primeiro tempo, a equipe foi muito aquém. Corrigimos no intervalo, saímos do 4-4-2 para o 4-3-3 e nosso jogo melhorou no segundo tempo, fomos mais organizados. Implementamos uma marcação pressão, da onde até saiu o gol, as alterações surtiram efeito e subimos de produção.

– Vamos continuar trabalhando, fizemos um bom segundo tempo. Quem entrou entregou muito e a gente ganha boas opções para a sequência da competição – disse Cabo.

O Vasco volta a campo na próxima quarta-feira para enfrentar o CSA, às 21h30, no Rei Pelé. Com 18 pontos, a equipe ocupa a sétima posição na tabela de classificação.

Confira outras respostas de Cabo na coletiva:

BOLA AÉREA
Tivemos dificuldade para sair da pressão no primeiro tempo porque o meu meio-campo esteve muito abaixo. Retomávamos a bola, mas não conseguíamos construir o jogo. Em bola parada, tomamos dois gols em 12 jogos. O Náutico deve ter um dos melhores cobradores de bola parada o Brasil. Vimos vídeos, mas a precisão do cobrador quebra toda a marcação. Claro que quando tomamos um gol assim, a contextualização é falha. Mas foi muito mérito dele. Em número de bola parada que eles tiveram no jogo, acho até que nos comportamos bem.

ARTHUR SALLES

O Marquinhos acho que não fez um bom primeiro tempo, mas melhorou bastante no segundo, conseguiu jogar entrelinhas. No primeiro ele foi buscar muito a bola nos pés dos volantes e perdemos força ofensiva. Mas ainda não foi aquele Marquinhos que a gente sabe que pode render. Mas teve entrega, se posicionou melhor no segundo tempo, criou boas alternativas, conseguiu ajudar a equipe a circular a bola… A expectativa é que ele continue nos ajudando no restante da competição. Sobre o Arthur, a ideia da entrada dele era deixar o time mais agudo. É um atacante, pode jogar de beirada, de 9 ou de segundo atacante. Deu um passe magistral de calcanhar, tirou da cartola e empatamos o jogo. Uma pena que foi no final do jogo. Mas fico muito satisfeito com o crescimento e amadurecimento dele. Pela idade é muito equilibrado nas tomadas de decisões. Tinha ele, Daniel e Sarrafiore para entrar. Mas queria um meio tempo, alguém que pudesse dar o passe e chegar na área pra finalizar. Por isso a escolha por ele. Para mim, das cinco substituições, foi quem entrou melhor.

BUSCA PELO DOMÍNIO EM TODO O JOGO

Estamos buscando esse momento na competição. Hoje dominamos o Náutico no segundo tempo. A busca é por um jogo em que consigamos fazer isso durante os 90 minutos. É trabalhar, criar alternativas como hoje quando mudamos do 4-4-2 para o 4-3-3. Criamos boas chances, chegada no último terço e faltou capricho no acabamento. Isso vem com trabalho no dia a dia.

JUNINHO

Juninho vem brigando pelo espaço dele. Minha opção por ele foi em cima do que ele vem mostrando nos treinamentos A evolução dele desde que cheguei é notória. Precisava melhorar o jogo de segundo terço dele, de passe, e hoje foi muito bem. Na minha concepção é muito mais um camisa 8 do que volante. Teve uma boa alternância entre jogo de passe e de construção. Pena que ali a partir dos 35 minutos ele caiu de produção pelo cansaço.. Teve entrega muito grande e cansou nos últimos dez minutos. Ainda tem idade de sub-20 e estamos fazendo ele evoluir para nos ajudar na competição.

COMO GARANTIR QUE O VASCO VAI EVOLUIR?

Quando a gente está atrás do placar, entra com a proposta de subir linha e no 4-3-3, claro que tem o risco da exposição. Por isso o Náutico teve suas chances e muitos escanteios. No segundo tempo, tivemos a predominância do jogo. Contra uma equipe qualificada é claro que a gente vai se expor. Não entramos ainda no G-4 e isso é uma frustração para nós. O importante é estar entre os quatro primeiros quando terminar a competição. (Globo Esporte)