Líder nacional da produção de grãos, Mato Grosso ainda não atingiu o máximo de seu potencial. O obstáculo para isso não é falta de acesso à tecnologia, linhas de crédito ou solo ruim. A “pedra no caminho” do agronegócio continua sendo a burocracia e a morosidade do Estado em emitir as licenças necessárias para o produtor conseguir explorar a área. A explicação é do engenheiro florestal Edson Mendes, diretor ambiental do Grupo Mônica e especialista em gestão estratégica e gestão ambiental.

“A burocracia e a morosidade continuam sendo os maiores desafios de qualquer produtor, seja ele pequeno ou grande. Imagine só um produtor protocolar um Cadastro Ambiental Rural (CAR) em 2017 e até hoje a licença não ter sido emitida… aquela área ficando ali parada, perdendo a função social”, destacou.

Edson explica que, embora as realidades sejam diferentes, todo produtor acumula prejuízos por causa dessa burocracia. Enquanto o pequeno depende daquela área para garantir o próprio sustento, o grande precisa produzir para gerar emprego e renda, além de colocar em prática os investimentos feitos. No fim das contas, os dois correm o mesmo risco de amargar a conta no vermelho.

As reclamações referentes à morosidade e inconsistências no CAR contra a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) não são de hoje. Há anos Mendes vem expondo o descaso da pasta com o agronegócio, principal responsável por colocar Mato Grosso nos holofotes de estado rico e pujante.

O engenheiro, que comanda operações do grupo no Brasil e na Bolívia, destaca que a implementação de políticas ambientais equilibra produção e conservação e é essencial para a expansão dos negócios.

“Mato Grosso produzir de forma ágil e sustentável. Toda essa lentidão nos processos de liberação das licenças, além de atrasar a produção, ainda estimula o produtor a agir à margem da lei. E isso não ocorre por má-fé, mas por desespero: o proprietário está ali, com a terra pronta para produzir, investimentos feitos, maquinários comprados, funcionários contratados e o Estado demora cinco anos para emitir uma licença? Isso é absurdo”, pontuou.

A cobrança é feita com base na experiência de mais de 10 anos de mercado. Fundador do escritório Mendes & Freitas, Edson se consolidou fazendo consultoria a grandes grupos, com soluções inovadoras e práticas sustentáveis, com foco em agilizar os processos regimentais.

O profissional é referência em destravar processos administrativos e em solucionar pendências ambientais de grandes grupos. O reconhecimento é devido à mais de uma década de serviço prestado ao segmento, sempre pautado em capacitação técnica, por meio de cursos, especializações e pós-graduações na área.

(Redação)