O estádio Mané Garrincha foi descartado como palco da final do Carioca entre Flamengo e Fluminense. Foi uma decisão consensual. Além do gramado em manutenção, os envolvidos entenderam que não valia a pena todo o desgaste para tentar levar o jogo para Brasília, sem contar a logística para viabilizar a partida. Oficialmente, a Ferj invocou a prerrogativa da escolha na segunda-feira e, nesta terça, o Departamento de Competições da entidade bateu o martelo.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, chegou a confirmar o interesse de receber a partida e indicou mudanças em decreto para permitir a presença de público. Mas, nesta terça, afirmou que o gramado do estádio Mané Garrincha não teria condições de receber a final do Carioca.
Procurado pelo ge, o Flamengo não vai se manifestar sobre o assunto, mas diz que respeita a decisão da entidade. O Fluminense afirmou, em seu site, que não aceitaria uma mudança para outro local. Veja a nota.
“O Fluminense Football Club esclarece que não foi procurado e que, portanto, não teve ciência por nenhuma das partes envolvidas sobre a tentativa de mudança de local da partida. O Fluminense esclarece ainda que, mesmo que tivesse sido procurado para tal mudança, não a aceitaria, conforme já esclareceu a alguns jornalistas. A troca, sem justo motivo demonstraria infringência clara ao regulamento da competição previamente aprovado entre os clubes. Além disso, seria infringência das normas sanitárias de controle da pandemia.”
Na segunda-feira, a Ferj e o Flamengo cogitaram a possibilidade de realizar o segundo jogo da final do Campeonato Carioca em Brasília, com a expectativa de que fosse liberada a presença de público no Mané Garrincha, já que as autoridades sanitárias do Rio proibiram a entrada de torcedores no Maracanã, em razão da pandemia de Covid-19.
A tendência é que desta vez não haja convidados assistindo ao jogo, para evitar conflitos com a Prefeitura. No primeiro jogo da partida, 148 pessoas, além de dirigentes e delegações, estiveram nas arquibancadas como convidados. No dia seguinte, a Secretaria Municipal de Saúde aplicou uma multa aos administradores do Maracanã.
Entenda:
Desde a última semana, antes mesmo do primeiro jogo da final do Carioca, o Flamengo demonstrou interesse em contar com torcedores no Maracanã, e recebeu apoio da Ferj. Em seguida, o clube tratou do tema com a Prefeitura que, inicialmente, vetou a liberação para a partida do último sábado, mas aceitou avaliar um plano de ações com protocolos de seguranças enviado por dirigentes do Rubro-Negro. O novo pedido também foi indeferido.
Entre as razões para não liberar torcedores no Maracanã está o atual estágio de risco de transmissão de Covid-19 na cidade. No momento, todo o município está em “bandeira laranja” o que significa alto risco de internação e óbitos, de acordo com o mais recente Boletim Epidemiológico da Prefeitura.
Mapa de Risco de Covid-19, da Prefeitura do Rio, de 13/05/2021 — Foto: Divulgação
(Globo Esporte)