Agora é oficial: o Brasil herdou a medalha de bronze dos 10km da natação em águas abertas dos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019. Três semanas após o anúncio do doping do argentino Guillermo Bertola, que havia sido prata na prova, o COB recebeu um comunicado da Panam Sports confirmando que o bronze agora é de Victor Colonese, que havia chegado em quarto na ocasião.
– É uma emoção indescritível. O Brasil só havia ido ao pódio na prova masculina há 13 anos (Rio 2007), com o Allan do Carmo, também medalhista de bronze. Estou igualando o feito do principal maratonista aquático do país e dando mais uma medalha para o Brasil – disse o nadador de 28 anos.
Bertola foi desclassificado do Pan de Lima por ter sido reprovado em exame antidoping. Punido pela Fina (Federação Internacional de Natação), o argentino teve anulados todos os seus resultados nas temporadas 2018 e 2019.
– Esta medalha veio em um momento complicado para todo mundo. Os atletas estão treinando em casa, não estão habituados a esta nova rotina. E a medalha pode não ter vindo na hora em que eu esperava, veio num momento de dificuldade, mas me faz lembrar dos meus objetivos e do esforço diário – comentou Colonese.
Com o bronze do nadador baiano, o Time Brasil volta a ter 169 medalhas na classificação final de Lima 2019: 54 ouros, 45 pratas e 70 bronzes. Foram três pódios nas maratonas aquáticas: além do bronze de Colonese, Ana Marcela Cunha foi campeã da prova feminina e Viviane Jungblut, terceira colocada.
– Esta é a grande conquista da minha carreira. Fui 9° lugar no Mundial de 2015, mas na prova de 5km, que não é olímpica. Treinamos quatro anos para disputar o Pan, os Jogos Olímpicos. E tive a felicidade de fazer uma prova bem nadada, muito melhor do que no Mundial, quinze dias antes – finalizou o mais novo medalhista pan-americano. (Globo Esporte)