Os erros ainda apareceram em alguns momentos. A postura, porém, foi outra desde o início. Na necessidade de reagir na Liga das Nações, o Brasil se fez forte em meio às próprias dificuldades em Sofia, na Bulgária. A Sérvia, mesmo com um time misto, endureceu em alguns momentos. Mas, ainda assim, a seleção de Renan Dal Zotto deu fim à sequência de derrotas ao bater os rivais em 3 sets a 0, parciais 25/18, 26/24 e 25/17.

A seleção vinha de três derrotas seguidas, contra Estados Unidos, China e Polônia. Com o resultado, volta à zona de classificação à fase final da Liga das Nações. Com três vitórias e três quedas, ocupa, agora, a sétima colocação, com nove pontos. Apenas os oito primeiros garantem um lugar na briga pelo título. Nesta sexta, tem a chance de confirmar sua reação contra o Irã, às 10h30. O sportv2 transmite a partida ao vivo, e o ge acompanha tudo em tempo real.

Como foi o jogo?

 

Leal e Lucarelli foram à quadra na formação titular. Mesmo ainda longe do ritmo, a dupla de ponteiros deu nova vida à seleção. Sem forçar o jogo tanto sobre Alan, a equipe de Renan Dal Zotto conseguiu ter uma variedade maior de opções no ataque. O técnico, aliás, voltou a apostar em Thales como líbero, deixando Maique no banco. A Sérvia, mesmo sem alguns dos principais nomes, conseguiu se aproveitar de erros pontuais dos brasileiros em alguns momentos. Ainda assim, a seleção soube se impor durante a maior parte do jogo.

Lucarelli foi o grande destaque do time, com 14 pontos. Alan, com 13, e Leal, com 11, completaram a trinca ofensiva da seleção. O saque, que não havia funcionado contra a Polônia, finalmente entrou: foram oito pontos no fundamento. Do outro lado, Meljanac marcou 14 pontos e foi o grande nome do time sérvio.

O Brasil foi à quadra com Bruninho, Alan, Lucão, Flávio, Lucarelli e Leal. Líbero: Thales.

1° set – Brasil força a mão no saque e abre em vantagem
Era preciso mudar. Mal no serviço no dia anterior, o Brasil foi à quadra com a missão de forçar mais no saque. O início foi descalibrado. Lucarelli até entortou a recepção na primeira tentativa, mas mandou para fora na sequência. Lucão fez o mesmo logo depois. Mas, aos poucos, o Brasil se impôs. No ataque para fora de Peric, a seleção de Renan marcou 9/5 no placar. A Sérvia, então, parou o jogo. Mas o Brasil não perdeu o ritmo. Bruninho, na volta, encheu o braço e marcou o primeiro ace.

A Sérvia até tentou reagir, mas viu o Brasil se manter firme. Na bela paralela de Alan, a seleção fez o placar subir para 15/9. Um ace de Leal estourou a recepção sérvia mais uma vez e marcou 18/10. Naquele momento, um atropelo. Os rivais até tentaram encurtar a distância, mas ficaram pelo caminho. Em mais uma pancada de Lucarelli no saque, fim de papo: 25/18.

Lucarelli ataca contra rivais — Foto: Divulgação/FIVB
Lucarelli ataca contra rivais — Foto: Divulgação/FIVB

2° set – Sérvia endurece o jogo, mas Brasil vira no fim
O Brasil manteve a eficiência no ataque na volta à quadra. Desta vez, ao contrário dos outros jogos, Alan ganhou a companhia de Lucarelli e Leal. Mesmo fora de ritmo, os dois abriram o leque ofensivo da seleção. Do outro lado, Meljanac cresceu e passou a incomodar. As coisas já não eram tão simples quanto no primeiro set. Em um bloqueio sobre Alan, o empate: 13/13. Meljanac colocou a Sérvia à frente logo na sequência.

A recepção brasileira já não funcionava tão bem. Depois de um ace de Masulovic, a Sérvia abriu 15/13, e Renan parou o jogo. O Brasil, apesar dos erros, se manteve na briga aos trancos e barrancos. Ao não deixar os rivais desgrudarem tanto assim no placar, tentou segurar a parcial. Um ace de Peric marcou 23/21 para os europeus. Os sérvios ainda tiveram um set point, mas o Brasil foi buscar a virada. Em dois erros seguidos de Meljanac, a seleção de Renan fechou a parcial em 26/24.

3° set – Brasil se impõe e fecha o jogo
O Brasil quis acelerar no terceiro set. Com um ritmo forte, voltou a pesar no saque e abriu caminho para disparar no placar. Com tranquilidade, marcou 8/3 logo de cara. A Sérvia conseguiu voltar a endurecer o jogo e diminuiu a diferença. Nada que assustasse tanto. Ao contrário das partidas anteriores, a seleção passava segurança.

Com volume de jogo e firme na defesa, o Brasil voltou a abrir. No contra-ataque, Alan explorou o bloqueio rival para abrir 18/13. A Sérvia pediu tempo. Nada mudou, porém. Sem dar espaço para surpresas, o Brasil se manteve forte até fechar o jogo: 25/17. (GE)